Posso ser demitido se eu não quiser me vacinar contra a Covid-19?

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Por um feito extraordinário da ciência, conseguimos vacinas contra a Covid-19 em menos de um ano. Vacinas no plural, já que o mundo todo se moveu durante 2020 para buscar uma cura para esta doença que mudou nossas vidas de formas variadas. Alguns perderam emprego, outros perderam a vida.

Por conta dessa rapidez, várias pessoas estão desconfiadas da eficácia da vacina. O argumento dessas pessoas baseia-se na demora que geralmente se leva desde o início das pesquisas até a elaboração do imunizante.

O recorde até então pertencia à vacina contra o vírus da caxumba, que levou quatro anos para ficar pronta. Em 2019, o ebola ganhou uma vacina, mas depois de 43 anos de pesquisas cansativas.

Ter uma vacina em impressionantes 10 meses – que foi o tempo que os cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, levaram para desenvolver a versão deles – não significa que ela foi feita “nas coxas”.

Todos os processos, incluindo a testagem, foram feitos em um prazo recorde simplesmente porque os cientistas já têm conhecimento acumulado o bastante para não ficarem quebrando a cabeça. Vale lembrar que este é o “novo” coronavírus, isto é, já havia um coronavírus “velho”, então ninguém foi pego de surpresa.

Eu dei essa volta imensa, mesmo eu não sendo cientista, para explicar o básico e o simples: a vacina é segura e só será por ela que voltaremos a nossa vida normal. Ponto.

Muitas pessoas argumentam que é errado uma aplicação compulsória de imunizante. Eu concordo. No entanto, seu empregador tem o direito e o dever de proteger a própria vida e as vidas dos demais colaboradores e clientes contra quem não está imunizado.

A pessoa tem a liberdade de fazer as próprias escolhas, porém não pode barrar as consequências que se originam delas, como punições previstas em lei, como advertências, suspensões ou mesmo demissões.

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Será comum nos próximos meses precisar comprovar a vacinação não só no ambiente de trabalho, mas ao se matricular em escolas, faculdades e cursos, ao embarcar em voos e outros transportes coletivos, até mesmo ser empossado em um cargo público.

Esses mecanismos serão exigidos em razão de que muitas dessas atividades são realizadas com pessoas aglomeradas. Contudo, é importante salientar que pode haver exceções, como indivíduos que possam sofrer de alergias ao imunizante.

Vi várias analogias comparando a eficácia das vacinas com paraquedas. Para mim, 60% ainda é melhor que 0%. Melhor um paraquedas fraquinho do que nenhum paraquedas.

Caso você não queira tomar a vacina quando ela estiver disponível para seu grupo, fica a seu critério. Agora, ficará ao nosso não querer que você fique por perto. Bem-vindo ao novíssimo normal.

Posso ser demitido se eu não quiser me vacinar contra a Covid-19?

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