A gasolina e o etanol vão ficar mais caros a partir de 1º de julho. Os combustíveis vão ter a cobrança de PIS/Cofins. Com a volta da tributação, a gasolina deve ter um aumento de até R$ 0,34 por litro e o etanol, de R$ 0,22 nos postos. As estimativas são da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
A cobrança de PIS/Cofins deixou de ser feita no ano passado. Em março, o governo Lula anunciou a retomada de cobrança parcial dos tributos federais nos combustíveis. Em 1º de julho, está prevista a reoneração total do PIS/Cofins para a gasolina e o etanol. O consumidor deve sentir o aumento rapidamente no preço das bombas.
Preços nas bombas ainda não refletem por completo redução anunciada pela Petrobras. Desde o dia 16, o preço nas refinarias da estatal foram reduzidos em R$ 0,13 por litro. O corte é o segundo reajuste realizado pela estatal desde a alteração de sua política comercial de precificação de combustíveis, em maio.
Em junho, os estados também começaram a cobrar uma alíquota única de ICMS para a gasolina. O novo valor é de R$ 1,22 por litro, e já se refletiu nas bombas. Pedro Rodrigues, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), diz que a unificação traz mais previsibilidade aos estados e aos consumidores. Antes a cobrança era um percentual que variava de estado para estado.
Aumento de impostos vai funcionar como “teste” para avaliar a conduta da Petrobras em relação aos preços. Vitto diz que a empresa não pode agir pensando no governo, mas sim nos negócios da empresa. Vitto diz que é preciso avaliar o quanto governo e empresa estão ligados com a nova política.
Neste momento, será possível avaliar o quanto as decisões do governo e da empresa estão ligadas, de acordo com Vitto. A única forma de o consumidor não sentir no bolso o aumento do preço da gasolina com a volta dos impostos federais seria se a Petrobras anunciasse uma nova redução nos preços do combustível para as distribuidoras.
“Esse vai ser o primeiro grande teste. Os impostos vão aumentar e vamos ver como vai ser a reação da empresa. Não sabemos dizer de antemão. O anúncio da mudança de política da Petrobras foi muito aberto, sem especificidade”, destaca Walter Vitto, analista da consultoria Tendências.
FONTE: Economia UOL