Foram produzidas 2,6 milhões de toneladas, recuperando-se do período pós-pandêmico
A produção da pluma de algodão da safra 2021/2022 cresceu quase 11% no país, segundo o levantamento divulgado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Foram produzidas 2,6 milhões de toneladas de pluma, ante as 2,3 milhões de toneladas colhidas na safra passada. Estimativas iniciais apontavam para a colheita de 2,8 milhões de toneladas neste ano, mas as condições climáticas atrapalharam, com chuvas excessivas ou seca, impactando as lavouras.
No Oeste baiano, segundo maior produtor da fibra no país, a situação não foi diferente. Nas fazendas do Agronegócio Estrondo, por exemplo, foram produzidas 11 mil toneladas da fibra de algodão. “Começamos bem o plantio, mas sofremos algumas perdas com o excesso de chuva. Apesar da baixa na produtividade, o resultado da colheita foi compensado pelo tratamento que fazemos no solo, que protege da erosão e retém unidade, aumentando os rendimentos”, afirma Daniel Ferraz, gerente Administrativo e Financeiro do Agronegócio Estrondo.
Já em novembro, começou o plantio da safra de 2022/2023 no estado. De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a expectativa do setor é aumentar em 12% a produção de algodão total (pluma e caroço) no período. Os números divulgados durante o 1º Levantamento de Intenção de Plantio também destacaram a área a ser utilizada – 308 mil hectares – e a produtividade média de, aproximadamente, 1,9 mil quilos de pluma por hectare a ser cultivada.
A recente volatilidade do mercado de commodity e a alta nos preços dos fertilizantes, cujos valores preocupavam os fazendeiros, não devem impactar na intenção de plantio. “Boa parte das aquisições foi feita em valores anteriores à guerra da Ucrânia e acreditamos que mais da metade dos produtos demandados já estão nas propriedades” afirma Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa. Dessa forma, pode-se esperar que os insumos para a próxima safra já foram comprados e a plantação, garantida.
Segundo a Abrapa, o Brasil tem se mantido entre os maiores exportadores mundiais de algodão nos últimos anos, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Apesar das dificuldades passadas durante o período de 2021/2022, o cenário interno segue promissor, com destaque para a contribuição do estado da Bahia, um dos maiores produtores de algodão em pluma do país.
FSB Comunicação