Você já ouviu ou leu por aí algum assunto relacionado ao mercado ou produtos plant-based?
É, esse assunto está em alta mesmo.
Mas.. se você ainda não está por dentro desse universo, calma.
Estamos aqui para te ajudar a entender um pouco desse mercado.
Os produtos plant based são produtos feitos à base de plantas, que pode incluir flores, caule, raízes e brotos e que tem como objetivos serem usados em substituição aos produtos feitos com ingredientes de base animal, como carnes, iogurtes, requeijões, leites, maioneses, patês, queijos e outros.
Além das plantas, outros ingredientes utilizados para os produtos plant-based incluem:
- Castanha de caju
- Nozes
- Coco
- Aveia
- Batata
- Inhame
- Semente de gergelim
- Feijão
- Grão de bico
- Lentilha
- Amendoim
- Cogumelos
Quando se fala de proteínas vegetais, a grande estrela é a ervilha, onde se considera tanto o bom perfil de aminoácidos quanto sua boa digestibilidade.
Para o mercado de proteínas vegetais, as expectativas são de ainda mais crescimento e faturamento, podendo até 2023 girar mais de US$ 6,4 bilhões (dados do The Good Food Institute).
Quem pode consumir?
Por muito tempo a procura por produtos vegetais foi feita somente por aqueles que tinham algum tipo de restrição ao consumo de alimentos de origem animal, como os vegetarianos e veganos, mas hoje, ao se perguntar sobre o consumo desses alimentos plant based, os chamados flexitarianos, aqueles que estão reduzindo o consumo de alimentos animais em alguns momentos, são grandes consumidores.
Outros que se beneficiam com o crescimento dos produtos plant based são as pessoas com intolerâncias ou alergias alimentares, àquelas preocupadas com o bem-estar animal e com a sustentabilidade e também se considera o consumidor interessado em diversificar e obter novas experiências gastronômicas, entre outros.
Benefícios da Alimentação Plant Based
Quando o assunto é nutrição e cuidados com a saúde, já é sabido que o consumo de dietas vegetarianas e veganas bem equilibradas podem ajudar a prevenir diversos problemas de saúde e assim prevenir milhões de mortes, dados que foram encontrados num estudo da Oxford School.
O estudo mostrou que a dieta plant-based pode ajudar a diminuir o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, Alzheimer e o risco cardíaco, além de contribuir para o funcionamento do intestino e do sistema imunológico
Todos esses benefícios são relacionados ao maior consumo de fibras, fitoquímicos, vitaminas e minerais encontrados em frutas e vegetais.
Acredita-se que ao se tornar menos dependente de carne, oito milhões de pessoas poderiam ser preservadas de problemas como alguns tipos de câncer até 2050.
Mercado em Ascensão
Confirmamos que essa é uma tendência que só tende a crescer quando vemos hoje em grandes redes varejistas e supermercados uma gama cada vez maior de produtos preparados à base de vegetais, assim como grandes indústrias de carnes, criando linhas e marcas plant based.
Há alguns desafios a serem vencidos, sobretudo em termos de sabor, conveniência e preço, no entanto, já há diversas pesquisas e tecnologias em desenvolvimento para sanar essa demanda.
Nos próximos anos, produtos como queijos, iogurtes e sorvetes plant-based também deverão se tornar mais comuns, além de bebidas e alimentos com apelo multifuncional (para energizar, elevar a imunidade, relaxar, etc.).
Outra oportunidade está nas proteínas naturais adoçantes plant-based para a fabricação de produtos sem açúcar, especialmente em um cenário com diversas metas de redução do uso e do consumo desse ingrediente.
Em relação ao preço, ainda está bem elevado em comparação aos produtos de origem animal, pelo fato da categoria plant-based ter uma tributação muito elevada.
O desenvolvimento da indústria plant based além de trazer mais alternativas de produtos que atendam a múltiplos públicos também pode contribuir para a crescente questão do aumento da população, onde a perspectiva da Organização Mundial de Saúde é de alcançar 9,8 bilhões de pessoas no mundo e com isso, prevê que seria necessário um incremento de 70% na produção de proteínas para atender a essa demanda e fazer isso de forma essa produção não prejudique ainda mais o meio ambiente.
Dados do International Weekly Journal of Science, mostra que adoção de hábitos plant-based pode reduzir em 250 vezes as emissões de gases do efeito estufa e em 60% o consumo de água, confirmando que essa ainda considerada “tendência” pode ser de grande ajuda para a população.
Regulamentações de produtos plant-based
Ainda não há no país regulamentações totalmente estabelecidas para essa categoria.
A ANVISA mostra-se atenta à prevenção de situações que possam levar ao engano e à confusão do consumidor. Assim, ao lançar um novo produto, as marcas só podem fazer uso de termos expressamente definidos.
Quanto a esse aspecto, o PL 2876/2019, de autoria do deputado Nelson Barbudo (PSL-MT),
protocolado na Câmara dos Deputados e encaminhado para a Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) é um projeto de lei que objetiva proibir que produtos de origem não animal sejam vendidos com o uso do termo “carne”.
Como resposta, empresas que atuam no setor de produtos alimentícios vegetais se mobilizaram para terem o direito de utilização de termos como “carne” e “hambúrguer”, por exemplo.