Um grupo de cinco estudantes universitários venceu a competição Internacional Space Apps Challenge 2019, promovida anualmente pela Agência Espacial Americana – NASA, que busca ideias inovadoras mundo afora.
Os baianos conquistaram o primeiro lugar em “Melhor uso de hardware”, como solução que exemplifica o uso mais inovador em hardware.
Não há premiação em dinheiro. O prêmio é apresentar os projetos diretamente no Nasa Kennedy Space Center, na Flórida, Estados Unidos, o que deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano.
O projeto baseia-se na retirada de microplásticos dos oceanos, um problema grave e em crescimento, colocando em risco a vida marinha e consequentemente a humana devido a cadeia alimentar, especialmente no Brasil, que é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo.
Os microplásticos são partículas que medem no máximo cinco milímetros e derivam de plásticos e fibras de tecidos sintéticos expelidos nas lavagens de roupas, por exemplo. Anualmente, os oceanos recebem em torno de 10 milhões de toneladas de lixo plástico, conforme a WWF – World Wide Fund for Nature, que significa, Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza. A WWF é um organização não governamental internacional com o objetivo de conservar, investigar e recuperar o meio ambiente.
A equipe baiana denominada “Cafeína”, é formada por cinco universitários, três do curso de administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e dois da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), dos cursos de engenharia química e análise de desenvolvimento de sistemas, com idades de 18 a 23 anos.
O projeto dos baianos tem um conceito bastante inovador. Os jovens criaram um equipamento que denominaram Ocean Ride.
Baseado no princípio do gerador Van Der Graaff, o sistema atrai microplásticos por meio de uma corrente eletrostática. A água vai entrar no equipamento e vai sair, mas o microplástico vai ficar (dentro dele). Além de atrair, o Ocean Ride armazena e compacta os resíduos, para o melhor aproveitamento do espaço do equipamento.
Quando o contêiner estiver cheio de microplásticos, pode-se removê-los no destino final da embarcação. Nas plataformas, os equipamentos podem ser apenas substituídos por outros vazios.
O grande diferencial do Ocean Ride é que ele pode ser acoplado ao lado de qualquer embarcação. E em plataforma de petróleo também. Pode ainda ser afixado em determinados pontos de oceanos e mares. Em áreas estratégicas de correntes marinhas, com grande fluxo desses materiais. Fonte e Foto: O Correio