É cada vez mais comum que pessoas adotem o hábito de examinar os rótulos dos produtos que consomem. Uma área em constante crescimento nesse sentido é a busca por informações sobre a natureza vegana e a ética cruelty-free de produtos.
Um dos indicadores mais notáveis dessa mudança é a procura pelo Selo Vegano, uma certificação estabelecida pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). O aumento de 16% na busca por esse selo entre 2019 e 2020 demonstra um interesse crescente por produtos que não contenham ingredientes de origem animal.
No entanto, é importante entender a distinção entre produtos veganos e cruelty-free.
Marcas que rotulam seus produtos como veganos estão comprometidas em não utilizar ingredientes derivados de animais em suas formulações. Isso é um passo significativo em direção à sustentabilidade e à preocupação com os direitos dos animais.
Porém, a rotulagem como vegano não garante necessariamente que esses produtos tenham sido fabricados sem testes em animais. Essa é a área onde entra o conceito “cruelty-free”, que vai além da exclusão de ingredientes animais e aborda também a ausência de testes em animais durante o desenvolvimento e produção.
Outro ponto a se atentar é a relação entre produtos cosméticos naturais, cruelty-free e veganos. Enquanto um produto natural deve ser obrigatoriamente cruelty-free, ou seja, não testado em animais, nem todos os produtos são necessariamente veganos.
Produtos naturais podem incluir ingredientes de origem animal, como mel, cera de abelha ou lanolina. Portanto, observar os rótulos e ingredientes ainda é decisivo para determinar se um produto realmente se encaixa em cada critério pessoal.
Qual a diferença entre vegano e cruelty-free?
O conceito de veganismo é muito mais abrangente do que uma simples escolha alimentar. É um estilo de vida que exclui a utilização de produtos provenientes de animais, incluindo na dieta, moda e beleza.
Já o cruelty-free, se refere a produtos sem a realização de testes em animais. Isso reflete um compromisso ético em respeitar a vida e o bem-estar dos animais, assegurando que nenhum sofrimento animal seja causado durante o processo de criação.
Assim, quando um produto é rotulado como cruelty-free, significa que ele não passou por testes em animais.
No entanto, um item pode satisfazer apenas um desses critérios, por exemplo, um produto pode ser vegano (devido à ausência de ingredientes animais) mas ainda ter sido submetido a testes cruéis em animais.
Da mesma forma, um produto cruelty-free (por não ter sido testado em animais) pode incluir ingredientes derivados de animais, tornando-o não vegano.
Um dos maiores movimentos criados é o consumo de produtos veganos e cruelty-free.
Como saber se um produto é realmente vegano e cruelty-free?
Certificações como o selo “Vegan Society” e o logotipo do PETA “Cruelty-Free” são exemplos de indicadores confiáveis. Essas organizações têm critérios rigorosos para verificar se um produto é vegano e se não foi testado em animais.
É interessante investigar a reputação da marca em relação à sua abordagem ao veganismo e à crueldade animal. Verifique se a marca tem um histórico consistente de produzir produtos éticos.
As grandes marcas hoje em dia, principalmente de cosméticos, possuem informações transparentes em seus sites e produtos.
Uma ótima dica é ficar atento ao greenwashing, que é quando uma marca faz afirmações enganosas sobre seus produtos serem veganos e cruelty-free sem respaldo real. Certifique-se sempre de verificar as fontes confiáveis e confirmar as informações.
Fonte Minuto Saudável