Reconstruindo Florestas

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Circula pelo Facebook, matéria publicada no portal Ciclo Vivo (www.ciclovivo.com.br) sobre um projeto de criar um corredor de florestas ligando o Cerrado à floresta Amazônica, reflorestando 2.600 km e atravessando seis estados brasileiros e abrangendo 112 municípios. Ao todo serão plantadas 1,7 bilhão de árvores nativas nas margens dos rios Araguaia e Tocantins.

É um projeto financiado por um fundo holandês e que terá como consequência não só a melhoria da imagem externa brasileira, mas a geração de empregos, renda e ganhos para a natureza como um todo. Porque mais árvores, mais geração de ciclo benéfico da vida e sequestro de carbono, produção de oxigênio, regulariza as chuvas, regeneração dos rios e matas ciliares, evitando a perda de solo por lixiviação (lavagem) provocada por enxurradas, assoreamento dos rios e mesmo inundações por conta de não ter árvores próximo das margens.

Grosso modo é um projeto que deve ser aplaudido e divulgado, porque traz uma solução que os governos não iriam conseguir executar. E, conforme diz na reportagem vai ajudar a muitos produtores a recomporem as matas que cortaram e que, por conta do novo código florestal, teriam que replantar, com recursos próprios. Portanto é um projeto onde vários ganham. Porque se árvore traz chuva, digamos assim, a agropecuária agradece.

Inocentemente, talvez, me pego pensando se algo semelhante não poderia ser feito em relação ao semiárido nordestino, nas regiões onde os exploradores portugueses cortaram montanhas de pau-brasil e, com isto, provavelmente alteraram as condições de clima, acabando por formar os problemas que temos hoje de secas prolongadas. Já tive a experiência de viajar pela Paraíba em direção ao Ceará e ver muitas áreas cinzas que, aos poucos, com as chuvas, se “pintavam” de verde, pois as folhas rebrotavam. Por isto eu imagino que um projeto de reflorestamento poderia alterar novamente o regime de chuvas e trazer menos sofrimento para este povo do nordeste. Como tenho dito, é hora de repensar os modelos.

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Veja a matéria do site Ciclo Vivo na íntegra – https://bit.ly/3u5Rlyo

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