A população da região sul do país ainda está às voltas com as consequências do ciclone extratropical (ou ciclone bomba) que atingiu a região na última terça-feira (30), deixando dez pessoas mortas e causando danos em residências e estabelecimentos comerciais, e desde ontem (05), uma frente fria vem provocando chuva intensa em Santa Catarina, ameaçando a população com novos temporais.
Um alerta de perigo foi emitido pelo Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, devido aos riscos de tempestades ao longo do dia de hoje. Segundo os meteorologistas, ventos intensos, variando entre 60 e 100 quilômetros por hora, podem atingir algumas regiões catarinenses, aumentando a chance de queda de árvores, novos cortes no fornecimento de energia elétrica, estragos em plantações e alagamentos.
O alerta vale principalmente para o oeste catarinense, Vale do Itajaí e grande Florianópolis. No entanto a população do Rio Grande do Sul também deve ficar atenta, pois o estado deverá ser atingido por forte chuva e ventos.
De acordo com a Climatempo, um ciclone menos intenso que o da semana passada deve voltar a se formar entre hoje e quarta-feira (8), quando avançará em direção ao mar, não sem antes provocar chuva volumosa sobre o noroeste e o litoral norte gaúcho, a grande Porto Alegre, e sobre as regiões oeste, planalto sul, serra e litoral sul de Santa Catarina – principalmente entre a tarde de terça-feira e a madrugada de quarta.
Em boletim divulgado hoje, a Defesa Civil de Santa Catarina alerta a população para os riscos de chuva forte e de descargas elétricas, com possibilidade de ocorrência de ventos fortes, até pelo menos a manhã da próxima quarta-feira (8). De acordo com o órgão, são esperados volumes “significativos” de chuva, o que aumenta os riscos de deslizamento, alagamentos e enxurradas.
Na sexta-feira (4), o chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, João Batista Cordeiro Júnior, informou que os danos materiais causados pelo ciclone extratropical da semana passada começariam a ser calculados esta semana, pois, até então, a prioridade dos governos estadual e federal era prestar ajudar assistencial à população diretamente afetada, distribuindo lonas, telhas, roupas e alimentos às pessoas atingidas. Foram registrados estragos em pelo menos 185 cidades catarinenses, o que levou o governo estadual a decretar estado de calamidade pública e pedir ajuda ao governo federal.
Fonte Agência Brasil