No topo das três cidades que mais empregaram apesar da crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19, a cidade de Luís Eduardo Magalhães é conhecida pelo agronegócio de ponta, que gerou muitos postos de trabalho no último trimestre. Mas o setor do comércio, responsável pela hotelaria e restaurantes, também conseguiu se manter e dar uma sobrevida à economia da cidade. Em defesa da categoria e com uma atuação próxima à prefeitura, a Associação Comercial e Industrial de Luís Eduardo Magalhães (Acelem) teve um papel importante para lutar pelo funcionamento do comércio em consonância com as medidas sanitárias necessárias para evitar a disseminação da Covid-19.
Segundo Telma Oliveira, presidente da Acelem, um dos maiores desafios foi o fechamento do comércio. A luta pela reabertura foi muito grande e exaustiva. Com reuniões periódicas com o poder público e com a certeza de um comprometimento a adesão por parte dos empresários nas questões sanitárias, como utilização obrigatória de máscaras, aferição de temperatura, utilização de alcool gel e respeito ao distanciamento, o comércio foi conseguindo se manter aberto.
Um dos pontos fortes para a permanência do comércio aberto foi justamente o agronegócio. “O agro era tema das nossas negociações para manter o comércio aberto. Por exemplo, a fazenda em plena colheita, quebra uma peça do trator. Se está com o comércio fechado, como ele vem para a cidade comprar a peça? Conseguimos negociar em cima disso, provando como o nosso comércio depende do agronegócio, e nosso agro depende do comércio. Os fazendeiros vêm e querem almoçar em um restaurante. A cidade é um posto também de caminhoneiros, eles passam e querem fazer uma refeição mais decente, tudo na cidade é ligada ao agro. Esse ‘link’ ajuda a gente a ficar forte no comércio e dar suporte para o agro funcionar bem”, explica Telma.
Um dos setores que mais ficou prejudicado, segundo a presidente, foram os estabelecimentos que funcionam a noite como restaurantes e casa de festas. Houveram muitas demissões mas também houveram contratações, o que é comum nesta época em função do agronegócio, mas o comércio também empregou.
A presidente da Acelem informou que a instituição está se preparando para o período pós-pandemia. Já estão com mais de 100 cursos acertados em parceria com o Sebrae, agendados para início em setembro, como o Empretec. Estes cursos são para capacitar as pessoas, tem para o comércio em geral, curso de vendas, cursos especializados, de oficina mecânica, entre outros.
Com informações do jornal A Tarde
