Não é novidade para ninguém que as preocupações acerca das mudanças climáticas e crescente escassez de recursos naturais estão cada vez mais presentes nas discussões governamentais mundiais. Neste sentido, o setor da construção civil é o principal responsável por mais da metade do consumo de matérias primas e energia. Ao passo que as construções consomem, também geram resíduos que impactam diretamente no meio ambiente.
Ao falar de sustentabilidade, a maioria das pessoas remetem o termo ao cuidado com a natureza, porém esta discussão envolve um verdadeiro tripé composto por questões ambientais, sociais e econômicas. Portanto devemos tomar cuidado, pois apesar de um edifício respeitar todas as demandas ecológicas, se ele não o fizer também no aspecto social do seu entorno ele jamais será sustentável.
Em sua perspectiva ambiental destaca-se a construção que implicará menos impactos ao meio ambiente, como escolha de materiais que possuem processo sustentável desde a sua fabricação, carregamento e entrega, soluções arquitetônicas e de instalações que possam aproveitar o máximo do espaço possível, bem como implantação no solo de forma que faça o melhor aproveitamento do terreno em sua formação existente, dentre outros.
Com relação aos aspectos sociais, destaca-se a nossa permanência em espaços construídos, que correspondem a 90% das nossas vidas. Compreendido isto, a construção deve por obrigação garantir qualidade de vida para seus usuários, com boa qualidade de ar, temperatura, sonora. Ambientes mal concebidos, além de impactos diretos a nossa saúde, geram custos com manutenções que devem ser evitadas.
Por fim e como iniciado anteriormente, a questão econômica que rodeia a sustentabilidade está relacionada com a viabilidade ou não de determinadas construções, o que isso quer dizer? Antigamente se pensava muito na redução de custos iniciais de uma obra, hoje a ótica mudou, estamos procurando o equilíbrio entre estes e os de manutenção, neste sentido podemos concluir que quando maior for o estudo do ciclo de vida de uma construção, os riscos associados a ela e as possibilidades de inovação menos se gastará com futuras surpresas.
A sustentabilidade não é mais um diferencial ou algo que apenas agrega valor ao mundo da construção civil, mas sim uma questão de extrema urgência e que sim, tem muita demanda, fora o fato de que garante a nossa qualidade de vida futura.