A ficha caiu! Diante de uma informação tão clara e sem condições de debate de que somente em outubro e mais certamente em dezembro vai ser possível sair de casa com mais segurança do que se está fazendo agora. Este é o prazo para ter a vacina contra o Covid-19 pronta ou em condições de serem usadas pelos brasileiros. E imaginando que tudo ocorra bem, ainda vai levar um bom tempo para que toda a população seja vacinada. E, talvez ainda tenha que se esperar um certo período para ver se a imunização funcionou na maior parte das pessoas.
Então o concreto é dizer que lá por dezembro, talvez possamos estar nas ruas, com mais segurança e liberdade. E o que esta informação mais precisa trouxe de novidade? Que agora é possível “planejar” um pouco melhor a vida e que 2020 está sendo o ano da parada total, da mudança de regras, da quebra de paradigmas que se tinha como intocáveis ou imutáveis. Um exemplo disto é trabalhar sem ter que ir no escritório. Outro, viajar para reuniões presenciais quando se pode fazer a mesma ação, usando os programas de teleconferências.
Mas este ano também expôs claramente deficiências e diferenças entre os brasileiros. Deficiência grave na estrutura hospitalar, no atendimento de necessidades básicas da população por uma saúde de melhor qualidade, mais qualificada, com estrutura descentralizada e fortalecimento dos hospitais regionais. Deficiência gravíssima na educação, pois com todos os alunos em casa, foi possível perceber quem tem e quem não tem acesso a uma escola de qualidade.
Deficiência na infraestrutura de comunicação/telefonia para que todos pudessem, de forma ampla, ter acesso a aplicativos do governo, por exemplo, com suas informações sobre o Covid e sobre a ajuda emergencial.
Esta epidemia expôs claramente as diferenças de classes sociais que favoreceu a alguns a terem mais facilmente acesso a todos estes itens listados, sem muita dificuldade ou com menor dificuldade.
E trazendo este cenário para o agro, para o dentro da porteira, mostrou também quem sofreu mais ou menos os impactos provocados pelo Covid. E, neste caso, não estou falando sobre ser infectado, mas pela parte econômica.
Diferentemente dos produtores de maior porte, que se dedicam a culturas de exportação, agricultores médios, pequenos e micros, com atividades como horticultura, têm sofrido muito para escoar sua produção. Com seus clientes consumidores, restaurantes, hotéis, eventos, parados, ficou difícil encontrar alternativa para vender seus produtos. Ficou difícil continuar produzindo e pagar as contas.
Pensar em conjunto, como uma sociedade, com empatia pelo outro, pensar fora da caixa, para praticar um novo caminho em que todos se reergam juntos, creio que é a forma mais correta de seguir daqui prá frente. O que você acha?