Na matéria passada foi abordado um tema que até hoje tira o sono dos projetistas e deixa os clientes inquietos: usar ou não usar o bloco cerâmico?
Bem, após o breve resumo que fiz sobre o Drywall, gostaria de me aprofundar mais sobre esse material.
O drywall nada mais é que um gesso acartonado, é uma placa de gesso pré-fabricada, encapada com papelão ou fibra de vidro e que pode ser fixada em estruturas de aço galvanizado. Foi criada nos EUA, país onde é muito usado e veio pro Brasil há uns bons anos… mas sua popularidade está aparecendo agora no nosso país, pois as pessoas estão conhecendo mais o material e considerando suas vantagens.
Obra limpa, menos resíduos sólidos a serem descartados, menos mão de obra e logística para tal descarte, espessura mais fina, mais leve, resistência à água, som e fogo, agilidade na instalação, facilidade em encontrar revestimentos, pode ser usado em paredes, tetos e detalhes arquitetônicos são algumas das inúmeras vantagens desse material.
Mas por quê as pessoas ainda não difundiram o drywall no Brasil ? As paredes de 88,2% das casas brasileiras são feitas de alvenaria, segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD – Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Minha opinião? A falta de conhecimento! Maaas, segundo especialistas, da área de construção, a alvenaria, embora tenha muitas falhas, é vista no país como a mais confiável, por uma questão de hábito.
Por não ser um material baratinho, ao dar aquela primeira pesquisada nos preços, os consumidores se assustam. Por que trocar o certo, pelo duvidoso, não é mesmo? Porque ele vai te trazer economia!!! Sim! Você vai ganhar tempo e economizar uma verba interessante se optar por esse material. Só que para garantir sua empregabilidade e devida resistência, o projeto deve ser bem dimensionado.
Há variações de tipos de placas, sendo elas:
Placa de Drywall Standard (ST) – a branca, que vemos muito no mercado, usada para vedações de um modo geral.
Placa de Drywall para áreas úmidas (RU) – a verde, usada em áreas molhadas, pois tem como propriedade a resistência a umidade.
Placa de Drywall com resistência ao fogo (RF) – a rosa, usada em áreas com exigência de requisitos normativos como saídas de emergência, escadas enclausuradas e paredes com partimentação, uma vez que conferem proteção a incêndios como propriedade.
Placa Performa – excelente para locais que precisam de boa proteção acústica e que levarão revestimentos em seu acabamento (essa é a que eu mais gosto rsrs).
Temos também outras derivações, tanto em formato, quanto em tamanho e espessura, o que altera a aplicabilidade de cada uma.
E está aí mais um aspecto que leva os consumidores a não optarem por esse material: ele precisa ser conhecido por um profissional, dimensionado e reforçado, caso necessário. E a maioria dos brasileiros não tem o hábito de contar com um profissional qualificado.
E você, me conta, depois de conhecer ainda mais esse material, faria algum projeto usando essas divisórias?
