Vendas do varejo baiano crescem 1,4%

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Foto: Matheus Landim/GOVBA

Foto: Matheus Landim/GOVBA

O comércio varejista baiano registrou expansão de 1,4% nas vendas em maio de 2024 frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Na mesma direção, no cenário nacional houve avanço de 1,2%. Com relação a igual mês do ano anterior, a Bahia apresentou crescimento de 12,2%, terceiro melhor resultado dentre os estados, e 19ª taxa positiva consecutiva. No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas expandiram em 8,1%.

No acumulado do ano, as variações também foram positivas em 10,9% e 5,6%, respectivamente no âmbito estadual e nacional. O resultado da Bahia foi o segundo melhor entre os 27 estados da federação e representa o melhor desempenho para o varejo baiano em 14 anos, desde 2010 (12,3%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A expansão nas vendas do varejo em maio em relação a abril, após um resultado negativo (-0,9%), pode ser justificado pelo cenário de melhoria da massa de rendimento e aumento da ocupação, que impulsionaram a comemoração do Dias das Mães, segunda melhor data para o comércio.

Em relação ao ano anterior, as vendas foram impulsionadas pelo comportamento da inflação, que registrou desaceleração no nível de preços de mobiliário, eletrodomésticos e equipamentos, automóvel novo, produtos farmacêuticos e material de construção. Também contribuíram a melhoria do crédito para pessoa física, massa de rendimento, aumento no número de pessoas ocupadas e queda da taxa de juros, embora ainda em níveis elevadas.

Na comparação com maio de 2023, seis dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (20,2%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (17,2%), Móveis e eletrodomésticos (12,4%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,3%) e Tecidos, vestuário e calçados (4,3%).

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Combustíveis e lubrificantes (-2,0%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-25,7%) registraram taxas negativas. No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e Eletrodomésticos cresceram 18,6%, 16,0%, e 10,0%, respectivamente.

Na comparação com o ano anterior, os segmentos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, Móveis e eletrodomésticos e Outros artigos de uso pessoal e doméstico exerceram as maiores influências positivas para o setor.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo segmento de maior peso para o indicador de volume de vendas do comércio varejista manteve crescimento nas vendas pelo décimo segundo mês consecutivo. O seu comportamento foi influenciado por uma desaceleração nos preços dos alimentos verificada nesse mês e pelo efeito base, pois em igual mês do ano passado as vendas retraíram em 2,1%.

Segundo a influenciar as vendas, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve desempenho decorrente do aumento da massa real de rendimento do consumidor e desaceleração nos preços dos produtos comercializados por atividade.

Móveis e eletrodomésticos registrou o terceiro melhor desempenho no mês analisado. Segmento bastante influenciado pela disponibilidade de crédito, teve suas vendas impulsionadas pela deflação verificada nos bens comercializados no ramo, queda da taxa de juros e efeito base, dado que em igual mês do ano passado as vendas retraíram (-1,7%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico foi a quarta atividade a registrar melhor desempenho para o setor nesse mês. Esse ramo que engloba diversos segmentos como lojas de departamento, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., teve suas vendas influenciadas pela comemoração do Dia das Mães, devido ao aumento do emprego e da renda disponível.

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Comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado denominado de atacado selecionado e outros e que inclui o varejo restrito e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou expansão de 6,9% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado do ano houve crescimento de 9,3%.

O segmento veículos, motos, partes e peças registrou taxa positiva de 16,6% nas vendas em relação à igual mês do ano anterior. Nesse mês, as vendas no segmento refletiram o efeito base, uma vez que em igual mês do ano passado a taxa apresentada foi negativa em 10,1%, e o aumento das vendas de carros novos, embora em ritmo arrefecido, conforme aludido nos dados de aumento de emplacamentos da Fenabrave (3,7%). Para a análise do acumulado do ano, a variação foi positiva em 12,8%.

Em relação a Material de construção, a expansão nos negócios foi de 22,9% na comparação com o mesmo mês de 2023. Esse movimento é atribuído também ao efeito base, as promoções e liquidações e aos gastos com a habitação terem se intensificado dado a deflação em alguns itens da construção como vidro (-3,78%), material de eletricidade (-0,24%), e ferragens (-0,14%). Para o acumulado do ano houve crescimento nas vendas em 21,5%.

Quanto ao segmento de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo foi registrada retração de 24,1%. O comportamento das vendas nessas atividades se justifica pelo redirecionamento das vendas para hiper e super, pois com a desaceleração nos preços dos alimentos e o aumento da massa de rendimento, o consumidor reduz o impulso de realizar as suas compras no atacado. Para o acumulado do ano a taxa foi negativa em 2,9%.

Fonte: Ascom/SEI

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