O Brasil vive temperaturas baixas em algumas localidades, prometendo baixar mais ainda. Enquanto isso, na Europa, o verão está a todo vapor. E por lá as semanas de moda apresentaram ao público várias tendências para a primavera/verão. O Fashion manager Miguel Crispim e o modelo e empresário Gustavo Fellipe separaram sete destas tendências que devem chegar ao Brasil no próximo ao.
Miguel Crispim, que atua há mais de 19 anos na indústria da moda, afirma que as novas maneiras de explorar as tendências surgiram após o período de pandemia: “Estamos vendo que os designers têm trazido, tanto para homens quanto para mulheres, uma praticidade com criatividade. O verão de 2024 já está sendo considerado ‘a era da elegância’”, diz.
Já Gustavo analisa que “os desfiles foram repletos de aprendizado sobre a essência do que estava sendo apresentado. E os conceitos apresentados podem ser facilmente adequados ao estilo pessoal.
Principais tendências:
Quiet luxury
Difundido pela série Succession e pelo TikTok, o estilo, também conhecido como stealth wealth, veio para ficar. O conceito é: uma sofisticação discreta, com o uso de peças básicas, mas que custam uma fortuna e são de extrema qualidade. As marcas de luxo não ficaram para trás e também apresentaram a tendência nos desfiles de primavera-verão 2023 (equivalente ao de 2024 no Brasil).
Tons neutros
Acompanhando o conceito do quiet luxury, o guarda-roupa versátil, com uma paleta neutra e tradicional, ganha espaço, assim como foi no desfile da Emporio Armani, por exemplo. Cores como preta, branca, bege e marrom são destaque dos looks de forma abrangente, sempre visando à melhor forma de se vestir bem. A marca focou formas, silhuetas e caimentos diferentes como destaque dos visuais, e não tons chamativos.
Alfaiataria
Com grande evidência nos desfiles da Zegna, as peças de alfaiataria foram apresentadas de forma funcional e nada óbvia, mas bastante assertivas. “Para quem gosta desse estilo de roupa e quer estar por dentro da moda, vale apostar!”, diz Gustavo.
Blazer
As opções apresentadas pelas grifes têm corte mais oversized, com ombreiras largas e alguns modelos transpassados, com tecidos que variam entre linho ou seda, para serem usados no verão com elegância, mesmo com o tempo quente. Os modelos apresentados pela grife Stella McCartney, por exemplo, despojados e disponíveis em várias cores, podem ser usados tanto durante o dia como à noite.
Workwear
Sem deixar o streetwear de lado, o workwear mostra que vem com força na temporada. “Foi bastante perceptível como homens e mulheres têm se voltado para peças mais práticas do vestuário de trabalho, como as camisas com vários bolsos da Prada ou as calças cargo”, afirma Miguel.
Vestidos
Uma das silhuetas mais usadas durante a temporada não poderia ficar de fora da seleção. Nos desfiles, foram apresentadas diversas versões que podem ser usadas no dia a dia. Dries Van Noten, por exemplo, trouxe modelos com tecido leve (e nobre), com estampa colorida e elegante. Já a grife italiana Prada apresentou peças sem mangas, midi com corte fluido e acinturado.
A marca Chloé apresentou uma coleção quase sem estampas, com pontos de cor em meio aos tons neutros. Um modelo versátil é o fit and flare — justo na parte de cima e mais solto na saia. Para as mais ousadas, a grife também lançou opções de tecido vazado.
Botas
O mercado da moda sempre acha uma forma de apresentar as queridinhas botas ao público. Seja no modelo western (as de cowboy), botas que vão só até os tornozelos, versões mais marcantes até os joelhos ou pesadas como coturnos. O segredo é: a moda é cíclica, ou seja, tudo que sai uma hora volta! Então não se desfaça da sua bota, independentemente do modelo!
“Vimos muitas opções nas passarelas, mas acredito que as mais robustas com sola tratorada ganharam mais atenção principalmente por aparecerem em todos os desfiles. Elas podem ser usadas em dias de chuva ou em dias secos; basta saber adequar a peça ao restante do look”, diz Miguel Crispim.
Fonte Correio do Povo