A operadoras Vivo, Claro e TIM arremataram três, dos quatro blocos nacionais da faixa de 3,5 Ghz, considerada ideal para a oferta de internet móvel de quinta geração (5G), no leilão que está sendo realizado hoje (04), pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel.
O objetivo da realização desse leilão é de desenvolver o novo padrão de conectividade móvel, que permitirá a conexão de alta velocidade no Brasil, além do desenvolvimento de tecnologias que só serão possíveis com a internet das coisas (loT), que nada mais é que conectar objetos físicos do dia a dia à Internet, incluindo objetos domésticos comuns, como lâmpadas, dispositivos médicos e acessórios, dispositivos smart e até mesmo cidades inteligentes.
Ao todo, cerca de 15 empresas de telecomunicações se prontificaram a participar e estão apresentando suas propostas para a disputa. São elas:
- Algar Telecom S.A.
- Brasil Digital Telecomunicações LTDA
- Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A.
- Claro SA
- Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA
- Consórcio 5G Sul
- Fly Link LTDA
- Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática LTDA
- Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA
- NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.
- Sercomtel Telecomunicações S.A.
- Telefônica Brasil S.A.
- TIM S.A.
- VDF Tecnologia da Informação LTDA
- Winity II Telecom LTDA
Das 15 apenas cinco já atuam nessa área: Claro, TIM, Vivo, Telecom e Sercontel.
A OI, que vendeu suas redes móveis para as três rivais, ficou fora do certame. Com sua saída do mercado, o trio passará a deter 98,3% do mercado nacional de voz e dados móveis. Em teoria, o cenário abre brecha para redução da disputa por consumidores e cortes de ofertas de planos a preços mais vantajosos.
Por outro lado, há também a interpretação de que a competição poderá aumentar, uma vez que a TIM ficará com a maior parte dos ativos da Oi. Assim, ganhará escala e diminuirá a distância para a Vivo e a Claro em quantidade de clientes e de espectro, levando a um maior equilíbrio do mercado.
A aquisição de um bloco nacional da faixa de 3,5 Ghz por cada uma das grandes teles era esperado, pois a oferta do 5G para os consumidores é uma peça central na estratégia de crescimento, bem como de sobrevivência das companhias daqui para frente.
A Claro fez uma oferta de R$ 338 milhões (ágio de 5%) pelo bloco B1, a Vivo pagou R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) pelo bloco B2, enquanto a TIM desembolsou R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) pelo bloco B3.
O prazo de autorização para exploração da faixa de 3,5 Ghz é de 20 anos e abrange as maiores contrapartidas de investimentos no leilão, como a limpeza da faixa para evitar interferência com sinal da TV aberta nas parabólicas, a criação de rede privativa para uso da União, e os aportes no Projeto Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS).
As teles vencedoras deste bloco também assumem o compromisso de ativar o 5G nas capitais até a metade de 2022, e a cobertura das demais regiões do País avançando gradualmente até o fim de 2029.
Fonte Finanças e empreendedorismo/ Estadão