Hoje resolvi abordar uma doença chamada Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) que ganhou um certo destaque nesses tempos de COVID por ser tratada com hidroxicloroquina.
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune sistêmica, ou seja, acomete vários órgãos saudáveis. Uma doença autoimune é uma condição na qual o organismo “ataca” as próprias células e tecidos. Existem quatro tipos de lúpus, o discoide, o sistêmico, o induzido por drogas e o neonatal.
O discoide se limita à pele do indivíduo. O sistêmico agride vários órgãos e tecidos, é o mais comum e pode ser leve ou grave. O lúpus induzido por drogas também é comum e ocorre quando alguma substância (ilícita ou proveniente de medicação) inflama os tecidos e leva a uma condição parecida com o lúpus sistêmico, mas esse quadro tende a cessar quando o uso da substância cessa. E o lúpus neonatal que é bem raro e costuma ocorrer com recém-nascidos de mulheres que tem lúpus, mas os sintomas tendem a desaparecer em alguns meses.
Ainda não se sabe a causa das doenças autoimunes, mas já é sabido que alguns fatores hormonais, genéticos, infecciosos e ambientais podem desencadeá-las. Exposição à luz solar, medicamentos e infecções são eventos que podem vir a desencadear a doença.
Dentro dos sintomas podemos citar: fadiga, febre, dor nas articulações, rigidez muscular, “rash cutâneo” (vermelhidão no rosto em formato de borboleta), dificuldade para respirar, dor no peito, sensibilidade à luz do sol, dor de cabeça, linfonodos inchados, queda de cabelo e mal-estar.
O diagnóstico é realizado por meio de um apanhado de investigações e são explorados os diversos tipos de exames juntamente com a clínica do paciente. A LES não tem cura, mas tem tratamento.
Até a próxima quarta!
