Aqui nessa coluna a gente ama uma data comemorativa né? Esse mês é comemorado o Maio Roxo, que traz uma reflexão sobre os indivíduos que convivem com Doenças Inflamatórias Intestinais. E hoje, dia 19 de maio, é o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.
As doenças inflamatórias intestinais (DII) são patologias que afetam parte do sistema digestório causando feridas internas nos tecidos e órgãos, entre eles intestino delgado, intestino grosso e reto. Essas alterações fazem parte da vida de aproximadamente 5 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a cada 100 mil pessoas, 13 tem alguma DII, que são formadas pela Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.
A Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestório (desde a boca até o ânus). Os principais sintomas são dores na região do abdome, febre, perda de peso, redução do apetite e necessidades urgentes de evacuar, com fezes que podem ser acompanhadas de pus ou sangue. A enfermidade pode ser amenizada com uso de imunossupressores e/ou terapia biológica e alimentação leve para não irritar o intestino.
Essa patologia é dividida em 2 fases: aguda, quando a doença causa inflamações caracterizadas principalmente por dores, e de remissão, quando não há sintomas nem inflamação ativa. A doença de Crohn não tem uma única causa. Acredita-se que alguns fatores como genética, tabagismo e fatores ambientais podem contribuir para o aparecimento dela.
A colite ulcerativa é uma doença inflamatória com cerca de 30 mil novos casos diagnosticados anualmente. Os sintomas envolvem diarreia, fezes acompanhadas de sangue, dor abdominal, redução do apetite e feridas no intestino grosso. O diagnóstico é feito por colonoscopia analisando a mucosa do intestino grosso e o tratamento é feito por meio dos mesmos medicamentos da Doença de Crohn caso não respondam aos salicilatos e cuidados alimentares. Fatores ambientais, genéticos e condições do sistema imunológico podem estar envolvidos na causa da colite.
As doenças inflamatórias intestinais ainda não têm cura, mas o tratamento demonstra eficácia e dá mais bem-estar ao paciente. Em caso de dúvidas ou suspeitas procure um gastroenterologista o quanto antes possível.