Com a maior taxa de crescimento prevista para os próximos anos, o que o e-commerce brasileiro pode ensinar a outros países

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O Brasil deve ocupar o primeiro lugar do mundo no desenvolvimento do comércio eletrônico de varejo entre 2023 e 2027, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR, sigla em inglês) de 14,6%, segundo a Statista, plataforma alemã de dados e estatística. O CAGR global de comércio eletrônico de varejo foi estimado pela empresa em 11,3% durante o mesmo período, mostrando que o mercado brasileiro é mesmo promissor em escala global.

Para Lucas Colette, CEO e fundador da da Yampi, plataforma de soluções para o e-commerce, o país tem muito a ensinar, como adaptação às necessidades locais, a importância da valorização da experiência do cliente e a criatividade em inovar. O executivo defende que o e-commerce brasileiro investe fortemente em estratégias de aprimoramento e se destaca num contexto global devido à alta demanda.
“É fato que nos últimos três anos pudemos observar um boom no tráfego online e no comércio eletrônico, e aqui essa tendência se destaca, tendo impulsionado a digitalização das empresas e posicionando o Brasil como um país competitivo neste meio”, pontua Colette.

Para uma melhor visualização, Lucas demarcou em cinco subtítulos o que o Brasil pode ensinar aos demais países quando o assunto é e-commerce. Veja:
Diversidade de meios de pagamento

O Pix, por exemplo, teve início no final de 2020 e já representa cerca de 30% das operações no Brasil, tendo ficado à frente até do cartão de crédito e débito no número de transações no ano passado, de acordo com o Banco Central. Além dele, nosso sistema financeiro também costuma ofertar parcelamentos, algo inexistente em muitos países, mas que também agrada o público. Tudo isso nos permite afirmar que o país oferece uma gama diferenciada de alternativas na hora do pagamento.

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“É comum que lojas online ofereçam descontos sobre pagamentos via Pix, que é a forma de elas obterem crédito mais rapidamente e sem taxas, sendo uma boa oportunidade aos consumidores e para os varejistas. Aqui na Yampi, inclusive, nosso Checkout Transparente foi pioneiro em oferecer o Pix aos nossos lojistas”, ressalta Colette.

Superação de desafios logísticos

Devido ao território extenso e desafiador em termos de infraestrutura e acessibilidade, é comum que empresas invistam na otimização de processos de devolução, realizem parcerias estratégicas com empresas de logística locais e adotem tecnologias de automação para gestão de centros de distribuição e armazéns.
Adaptação local

O Brasil é um país composto por uma vasta diversidade cultural e climática, possuindo singularidades regionais muito específicas. A partir dessa consciência, os comerciantes conseguem personalizar mais os seus serviços e produtos para atender públicos locais e se destacarem dos negócios globais.
Experiência do cliente

Sendo importante para qualquer negócio, oferecer uma boa experiência aos consumidores é um fator crucial para fidelizá-los e garantir que eles voltem a comprar de uma marca. “No e-commerce, embora muitas interações sejam automatizadas, a jornada de compra é desenhada para melhor satisfazer as necessidades dos clientes. Além de um bom atendimento, os lojistas precisam oferecer uma loja virtual de fácil navegação e com ofertas pensadas para diferentes momentos da jornada de compra”, continua o executivo.

Lucas ressalta que um bom treinamento aos colaboradores que fazem atendimento ao público é essencial, e que o uso das IAs deve ser observado de perto para se manter eficaz na sugestão de produtos e na comunicação de chatbots.

Criatividade e inovação

Por último, mas não menos importante, a criatividade não é um problema por aqui, e o famoso “jeitinho brasileiro” é mestre em driblar cenários ruins e se manter de pé. No mundo dos negócios, é comum que empreendedores utilizem do bom humor em campanhas de marketing e até mesmo na criação de seus negócios, atrelando suas rendas a memes, músicas, filmes e conhecimentos locais.

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“A publicidade e o marketing brasileiro são muito rápidos em aproveitar oportunidades pontuais para tirar uma risada do público e, em muitos casos, converter isso em venda. Além de ser uma estratégia muito boa para as redes sociais, aproxima o público das marcas, e é algo que o Brasil faz com excelência”, finaliza Colette.

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