As potencialidades para o algodão irrigado e a importância da cotonicultura para a melhoria da vida das pessoas foram alguns dos pontos destacados pelo presidente da International Cotton Association (ICA), Tim North, em sua visita à Bahia. Ciceroneados pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), North e o diretor da ICA, Bill Kingdon, visitaram o Centro de Análise de Fibras e o Centro de Treinamento da associação, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, onde conheceram um pouco mais sobre o trabalho da Abapa em seus diversos pilares de atuação. Eles também estiveram em algodoeiras e fazendas da região.
No laboratório da Abapa, nas algodoeiras e nas fazendas, os representantes da ICA puderam acompanhar, passo a passo, a rastreabilidade do algodão brasileiro. Tim North disse estar impressionado com os trabalhos para a implementação da certificação oficial (Programa de qualidade do algodão brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa), empreendido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Governo Federal.
Irrigado
Na safra 2022/2023, o algodão irrigado representou 22,2% de todo o algodão cultivado no estado. Nos outros 77,8% da área plantada, vigora o sistema de sequeiro, baseado apenas na água da chuva. “A tecnologia da irrigação complementar é uma ferramenta que o produtor dispõe para garantir a produtividade, mesmo quando há distribuição irregular das chuvas, e possibilitar que o produtor possa fazer mais de uma safra, de diferentes culturas, na mesma área”, diz o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, lembrando que, para tal, o produtor precisa ter a autorização (outorga) do órgão ambiental competente.
“Posso antever um grande futuro para a cotonicultura da baiana, sobretudo, com as oportunidades para o algodão irrigado, que vai garantir maiores produtividades e melhor qualidade para a fibra”, afirmou. “Estar aqui, na Bahia, agora, me fez constatar o quanto o agronegócio do algodão incrementou o desenvolvimento regional e a vida das pessoas”, pontuou o executivo britânico.
“Foi uma grande honra, para nós, da Abapa, recebermos aqui os representantes da ICA. Creio que a cada missão internacional, em que visitamos ou recebemos visitantes, estreitam-se os laços e este trabalho impressionante que os cotonicultores brasileiros vêm desenvolvendo se torna conhecido e se consolida em uma imagem mais forte e positiva para a nossa pluma”, concluiu Bergamaschi.
North e Kingdon chegaram à Bahia, após participarem do evento anual da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Da Bahia, partem para o estado de Mato Grosso. A imersão faz parte do trabalho da ICA de aproximação com as associações de cotonicultores no Brasil e no mundo, explicando o modo de operação da tradicional entidade internacional e os serviços que oferecem ao público.
FONTE: ABAPA
