A palavra “reduflação” pode parecer estranha a muita gente, mas certamente qualquer um já a conferiu na prática. Ela se refere à redução de peso, medida ou unidades em itens da cesta básica, papel higiênico, pasta de dente, sucos e vários outros produtos e é uma tática do mercado para evitar o aumento de preços.
De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, empresas de todo o mundo praticam reduflação em diversos momentos, especialmente quando o poder de compra da população está menor.
“Quando a inflação está alta e o poder de compra diminui, uma alternativa para a empresa não aumentar o preço de um chocolate, por exemplo, é diminuir seu peso. Dessa forma, o consumidor paga o mesmo, só que por um produto menor”, explica.
Legalmente, a medida é aceita, desde que a redução de tamanho, peso ou quantidade esteja clara na embalagem do produto. O consumidor, porém, precisa estar atento para que esse tipo de prática não afete seu bolso.
“Normalmente, consumidores tendem a observar mais um aumento de preços do que uma diminuição de tamanho, mas se a quantidade diminui, pode ser que aquele mesmo produto não seja suficiente para o consumo da família, que tende a realizar uma nova compra, onerando as contas. Nestes casos, é importante avaliar se não é mais vantajoso mudar de marca em alguns casos”, orienta Thiago.
O especialista também avalia que uma vez reduzidos os tamanhos, é normal que, mesmo que a inflação diminua e o poder de compra aumente, as marcas permaneçam com os produtos em versão “reduzida” nas prateleiras e com o mesmo valor. “O que elas fazem, neste caso, é lançar uma nova versão maior, com um novo preço”, diz. “Ou seja, mesmo com menos inflação, o preço do produto antigo não cai e entra um produto novo mais caro. É importante que o consumidor esteja atento a essas artimanhas e sempre compare os preços ao comprar”, alerta.
Carolina Lara Comunicação