6 dicas para negociar sua dívida com o banco antes de ir para a Justiça

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Negociar é sempre melhor

Temos uma cliente aqui no Brasil & Silveira Advogados que passou por uma situação bem complicada de superendividamento com o banco. Ela devia cerca de R$5 mil no cartão de crédito, R$3,2 mil no cheque especial e R$1,7 em empréstimos.

Vamos passar para você as mesmas dicas que demos para ela, além de outras opções que existem e que você também pode tentar. Como a situação dela se complicou, chegamos à conclusão de seria preciso buscar os direitos dela como consumidora na Justiça. Porém, este é o último caso. Vamos lá?

  1. Antes de tudo, saiba exatamente quanto você deve

Identifique tudo que você deve e priorize as dívidas mais importantes, aquelas que mais comprometem sua renda.

Coloque no papel de onde é a dívida, o total, quantas parcelas são, quanto já foi pago, o que ainda falta. Deixe tudo anotado.

  1. Saiba o valor real da dívida

Se as dívidas estão atrasadas, provavelmente os juros e multas já foram somadas ao valor devido. Entre em contato com o banco para saber o valor atualizado da sua dívida. Saiba também qual é a taxa de juros.

Muitos bancos disponibilizam estas informações nos aplicativos de celular. Caso contrário, ligue para a central de atendimento ou vá até a agência e converse com o gerente.

É o caso da nossa cliente: uma parte considerável daquele valor que listamos acima é de juros e multa. E eles não são nem um pouco pequenos.

  1. Não aceite a primeira proposta de negociação que o banco fizer

Não se sinta pressionado(a) a aceitar o primeiro valor que lhe será proposto. Antes de tudo, você precisa saber se será possível pagar por aquilo. Faça as contas.

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No caso da nossa cliente, a primeira proposta oferecida pelo banco permitia o pagamento da dívida em parcelas bem pequenas ao longo de 36 meses, mas fazendo as contas depois, ela percebeu que a negociação simplesmente dobrava o valor original da dívida.

  1. Vá até feirões de negociação

Muitas instituições costumam promover feirões de negociações para que credores e devedores finalmente possam chegar a um consenso. O Serasa Limpa Nome, além dos feirões presenciais, tem um sistema on-line para verificar as melhores ofertas disponíveis para seu CPF. Vai que dá certo?

  1. Transfira sua dívida para outro banco

Sim, é possível. O processo chama-se portabilidade de crédito. Pode ser que outra instituição financeira tenha juros mais atrativos e formas de pagamento melhores. Caso eles aceitem a transferência da dívida, esta pode ser uma boa opção para você.

  1. Faça um empréstimo para pagar sua dívida

Aqui será necessária muita conta para saber se compensará usar essa manobra. Caso contrário, você terá duas dívidas que não conseguirá pagar.

O empréstimo em outro banco pode compensar para quitar de vez a dívida original, encerrando o acúmulo de juros diários. O empréstimo também precisa ser em condições de pagamento razoáveis para não virar outro problema.

Por que então entrar na Justiça se nada disso der certo?

Muitos bancos podem querer forçá-lo a fazer um novo empréstimo e pressioná-lo a fazer uma nova dívida para quitar a primeira. Definitivamente isto não pode acontecer. A cliente do nosso escritório se sentiu muito incomodada com essa prática do banco e nos buscou para irmos atrás de providências legais.

Cobranças abusivas, ligações de cobrança em horários inoportunos também podem resultar em indenizações por danos morais e materiais.

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Mesmo assim, é preciso tomar cuidado. Não existe nenhuma lei que limite os juros cobrados pelos bancos. Considera-se juros abusivos simplesmente aqueles que ultrapassam o cobrado normalmente no mercado.

Caso ache realmente necessário buscar seus direitos na Justiça, busque a orientação jurídica de um advogado munido de tudo que possa lhe servir como prova – o contrato, número de protocolo, horário de atendimento, nome do atendente etc. – de que você estava disposto a negociar, mas o banco estava dificultando.

Após tudo isso, resta a grande lição: evite novas dívidas.

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