Olá pessoal! Dia 31 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Você já ouviu falar dessa patologia?
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium leprae.
A doença acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas também pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc). Pode cursar com a ausência de sensibilidade na região.
Os principais sinais e sintomas da Hanseníase são:
- Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor, ou dolorosa, ou ao tato;
- Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber;
- Pápulas, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas;
- Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas;
- Pele avermelhada, com diminuição ou ausência de suor no local.
A transmissão da hanseníase é por vias respiratórias, se dá pelo contato próximo e prolongado de pessoas suscetíveis com uma pessoa portadora da hanseníase sem tratamento. A maior parte da população possui defesas naturais contra a bactéria da Hanseníase, portanto grande parte das pessoas que entrarem em contato com o bacilo não adoecerão. Sendo uma doença com susceptibilidade genética, sabemos que os familiares de uma pessoa infectada possuem maior chance de se infectar.
A Hanseníase pode ser classificada em 4 tipos: indeterminada (PB), tuberculóide (PB), dimorfa (MB) e virchowiana (MB).
A Hanseníase Indeterminada (paucibacilar): é uma fase inicial da doença na qual todos os indivíduos infectados passam, podendo ou não ser perceptível. A lesão de pele geralmente é única, mais clara do que a pele ao redor (mancha), não é elevada, apresenta bordas mal delimitadas, e é seca. Há perda da sensibilidade térmica e/ou dolorosa, mas a tátil geralmente é preservada.
Hanseníase tuberculoide (paucibacilar): é a forma da doença em que o sistema imune da pessoa consegue destruir os bacilos espontaneamente. Mais frequentemente, manifesta-se por uma placa totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro. Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação.
Hanseníase Dimorfa (multibacilar): caracteriza-se, geralmente, por mostrar várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é pouco definida. Há perda parcial a total da sensibilidade, com diminuição de funções.
Hanseníase Virchowiana: é a forma mais contagiosa da doença. O paciente virchowiano não apresenta manchas visíveis; a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados com aspecto de “casca de laranja”. Na evolução da doença, é comum aparecerem caroços escuros, endurecidos. Quando a doença se encontra em estágio mais avançado, pode haver perda parcial a total das sobrancelhas e também dos cílios.
Os pacientes diagnosticados com hanseníase têm direito a tratamento gratuito com a poliquimioterapia (uma associação de medicações), disponível em qualquer unidade de saúde. O tratamento interrompe a transmissão em poucos dias e cura a doença. Dura 06 meses e deve ser iniciado o quanto antes!
E aí? Você sabia todas essas informações sobre a Hanseníase? Vejo vocês semana que vem!!