O que é IVAR, o novo índice de reajuste de aluguel de imóveis

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O reajuste do aluguel residencial é um assunto bastante discutido todos os anos, principalmente neste momento atual, onde enfrentamos uma pandemia, que prejudicou, além de tudo, a saúde financeira das famílias.

Geralmente, o índice de reajuste utilizado é o IGP-M, que disparou em 2020 e 2021.
A solução é encontrar um novo índice de reajuste, que se encaixe na realidade econômica de quem precisa pagar aluguel.

Em busca de uma solução para a demanda do mercado, a Fundação Getúlio Vargas lançou o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR). O novo índice faz parte de um grupo de outros indicadores calculados e divulgados pela instituição, a exemplo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e do próprio IGP-M.

“Tanto o IGP-M quanto IPCA são índices construídos para outros propósitos. A grande inovação do IVAR é que ele foi feito exclusivamente para acompanhar a variação de alugueis residenciais: há, portanto, uma correspondência direta com a dinâmica e os fundamentos do mercado imobiliário”, explica Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e professor da Escola de Economia da FGV-SP.

Como o IVAR é calculado?

Picchetti explica que a FGV firmou parceria com administradoras de imóveis para coletar os preços de contratos novos, reajustados e renegociados. O objetivo é ter uma medição mais próxima do comportamento do preço dos alugueis, até para medir a disparidade entre o que é, de fato, praticado no mercado e a variação do IGP-M e do IPCA.

Embora tenha sido lançado oficialmente nesta semana, o IVAR fez uso de dados recentes para calcular, de forma retroativa, qual teria sido o valor do indicador mês a mês desde 2018. O objetivo foi construir um histórico que permitisse entender o comportamento do mercado nos últimos anos vis-à-vis o IGP-M e o IPCA.

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Fonte: revista Exame

O IVAR terminou 2021 em -0,61%, o que reforça a tese de que, na média de mercado, inquilinos realmente negociaram seus contratos com proprietários no contexto da crise econômica, deixando de lado o que o IGP-M apontava (a alta em 2021 foi de 17,78%).

 

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