Crise na aviação atinge empresas e trabalhadores

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A aviação comercial enfrenta a mais terrível crise desde o atentado de 11 de setembro e é um dos primeiros setores econômicos a sentir os efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), as empresas associadas já registraram, na semana de 15 a 21 de março, queda de 75% na demanda por voos domésticos e redução de 95% no mercado internacional, em relação a igual período de 2019, por causa das restrições de viagens aéreas em todo o mundo.

A MAP, uma das companhias aéreas nacionais, que atua na região Norte do Brasil, suspendeu toda a sua operação, entrando numa espécie de “hibernação”. Mesmo as companhias mais desenvolvidas, como a Azul, Gol e Latam, que registraram lucro operacional em 2019, estão enfrentando enormes dificuldades.

Emparedadas pela baixa demanda, causada pelo fechamento das fronteiras e a estagnação das vendas, estas companhias obtiveram do governo federal o adiamento de suas obrigações tributárias e mais algumas benesses. Em contrapartida as empresas se comprometeram a fazer um drástico corte de custos. Reduziram salários e a duração das jornadas, além de propor férias e licenças não-remuneradas a seus colaboradores. Medidas amargas, que atingem em cheio também as companhias do mundo todo.

Nos Estados Unidos, a American Airlines receberá auxílio público de 12 bilhões de dólares como parte do plano de assistência financeira do governo para companhias, aponta um documento interno consultado pela agência AFP na terça-feira.

A American Airlines, cuja maioria dos voos foi cancelada há várias semanas, propõe um plano de partida voluntária para seus funcionários e abre a possibilidade de eles se aposentarem mais cedo. No Reino Unido, a EasyJet anunciou que vai paralisar por tempo indeterminado toda sua frota devido à pandemia. “

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) colocou em operação no dia 28 de março até o fim deste mês, a malha aérea essencial para que o país possa continuar conectado, durante a pandemia do novo coronavírus. Serão 1.241 voos semanais para as capitais dos 26 estados mais o Distrito Federal, além de outras 19 cidades. Essa operação é 91,6% inferior à malha aérea normalmente operada pelas empresas nacionais no mesmo período de 2019, quando havia 14.781 frequências por semana. Em relação à quantidade de localidades atendidas, a queda é de 56%: de 106 para 46. “As medidas (do governo) são positivas e estão na direção correta, neste momento em que enfrentamos a maior crise da história da aviação comercial. Entendemos que foi anunciado o que é possível fazer neste cenário atual, onde as empresas aéreas precisam de alívio de caixa. Entramos numa nova fase, de avaliação permanente a partir da efetivação dessas iniciativas para podermos mensurar resultados e construir os próximos passos”, avalia o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz

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