O Marketing é uma ferramenta essencial para o sucesso das empresas, certo? Não tenho a menor dúvida disso, mas por muitas e muitas vezes esta ferramenta é sub utilizada ou até não é utilizada, em geral em nome de uma pseudo-economia. Talvez esta colocação soe muito drástica, até por que este dado não faz parte de uma estatística oficial, mas é fruto de uma vivência de mais de 25 anos de atuação no mercado.
Para ser mais específico vou restringir um pouco esta amostra e falar apenas as empresas do segmento agrícola de pequeno e médio porte, área que tenho mais familiaridade, apesar de acreditar que este cenário é o que acontece na maioria dos segmentos.
Antes de tudo é preciso entender qual é o papel do Marketing dentro de uma organização. Diria resumidamente, amparado na mais básica das teorias, que o Marketing tem o papel de identificar, antecipar e satisfazer às necessidades do cliente de forma lucrativa para a empresa e podemos complementar dizendo que o Marketing é responsável por criar estratégias para tornar produtos ou serviços mais atraentes para os consumidores e aumentar as vendas. É muito importante destacarmos este ponto, o Marketing é um aliado da área comercial que tem como função primordial aumentar as vendas de forma lucrativa para a empresa.
Mas para que o marketing desempenhe este papel dentro das organizações alguns alinhamentos e condições são necessários.
Primeiro, É importante que a empresa tenha claro quais são os seus objetivos, pois só a partir daí que será possível estabelecer e implementar as estratégias e ações de marketing e mensurar os resultados. Como dizia o estatístico americano Willian Edwards Deming(1900 – 1993) “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”, e isto é um fator primordial independentemente do tamanho ou do segmento da empresa.
Outro ponto fundamental é que o Marketing deve ser tratado como investimento e não como despesa, pelo menos conceitualmente, diferente do que diz a contabilidade. Sei que este ponto é extremamente nevrálgico, mas é importante que se diga que nem todas as ações realizadas podem ser mensuradas matematicamente. Um exemplo é a participação em feiras, que é uma das principais forma de divulgação das marcas (ou pelo menos era antes da pandemia) e certamente é a que demanda maiores investimentos, e que dificilmente o lucro do que foi vendido em uma feira paga os seus custos da participação, já que alguns benefícios da participação como a valorização da marca é muito difícil de medir, mas representa um dos maiores ganhos neste tipo de ação.
Por último, saiba que tudo comunica, positiva ou negativamente. A cor de produtos, o uniforme da equipe, as placas dos representantes, o seu site, mídias sociais, notícias, tudo transmite informações para o mercado, e é através delas que vai se construindo o conceito de uma marca. E quanto mais controle se tem do que vai para o mercado mais possibilidades se tem de construir uma marca forte, e para isso é importante possuir uma comunicação integrada, uma padronização de elementos pensados para transmitir a correta imagem de seus produtos e serviços.
Estes são alguns pontos fundamentais para que uma empresa, independentemente do tamanho, tenha um marketing eficiente que ajude nas vendas e consequentemente na construção de uma marca forte, que sejam um diferencial positivo em relação a concorrência em um mercado cada vez mais global e competitivo.
Nauri Ribeiro – Profissional de Marketing com mais de 25 anos de atuação em empresas do segmento Agrícola e Rodoviário e Diretor da NMKT Assessoria de Marketing.
Formado em Gestão de Marketing pelo Instituto Brasileiro em Gestão de Negócios e Pós Graduado em Branding pela ESPM
