Como evitar ervas daninhas

0
679

A agricultura orgânica bem sucedida é intensiva na busca por conhecimento. Conhecer as ervas daninhas bem como suas características pode fazer grande diferença para os produtores e agrônomos de um modo geral.

Mas como evitar as ervas daninhas corretamente? As plantas daninhas são muito mais agressivas do que você pode imaginar. Isto é, elas competem por espaço porque vão tomando conta, vão se disseminando e vão roubando  espaço, acabando com as outras plantações.

As simples roçadas não funcionam contra elas, porque elas tendem a rebrotar rapidamente e, muitas vezes, voltam ainda mais forte. Além disso, esse é um controle temporário, serve para determinada época, depois voltam. Existem algumas plantas que, se você roçar periodicamente, quanto mais roçar vai ‘engrossando’ embaixo da terra”, o que acaba dificultando sua eliminação definitiva.

Então qual a melhor forma? É isso que vamos explicar nesse artigo. Continue a leitura!

Como evitar ervas daninhas?

O ideal é que se faça uso do herbicida, que tem moléculas seletivas. Ou seja, atacam somente as plantas que infestam as áreas de gramíneas. Mas de maneira geral, produtos que prometem matar rapidamente as plantas daninhas não cumprem esta tarefa muito bem e, em até dois anos depois, ela volta a se desenvolver.

Neste caso, quanto mais lenta for a morte da planta daninha, mais eficiente é o herbicida justamente porque há um tempo para o produto chegar até a raiz. O ideal então é que a planta vá secando lentamente para um bom resultado.

Como saber qual tipo de herbicida usar para evitar ervas daninhas?

Apesar da eficácia de um certo herbicida no combate a ervas daninhas, é preciso pedir a recomendação de um técnico sobre qual o tipo de herbicida que mais se adequa (de aplicação foliar, basal ou no toco) para controlar as plantas daninhas que infestam a sua propriedade especificamente, pois elas podem variar de região para região, de fazenda para fazenda.

LEIA TAMBÉM  CYKLO AGRITECH: a primeira aceleradora de startups do Matopiba

O período das águas tem maior recomendação para que se faça a aplicação do defensivo. Isto é, quando as plantas daninhas estão no auge do seu desenvolvimento. O que significa que o herbicida terá a metabolização feita, ou seja, ele vai para toda a planta e poderá eliminá-la de vez.

Outro ponto importante antes de começar a controlar as plantas daninhas é que o processo não precisa ser feito todo de uma vez. Pode ir se fazendo por etapas.

Quando aplica-se um herbicida, controla-se a maioria das plantas suscetíveis, mas as plantas resistentes continuam a crescer. Se estas chegarem a produzir sementes, podem crescer e depositar mais sementes no próximo ano se utilizar o mesmo herbicida.

Com a aplicação contínua do mesmo herbicida, eventualmente as plantas suscetíveis seriam mortas. As plantas resistentes seriam selecionadas e a população de ervas daninhas seria dominada por plantas resistentes.

Gestão integrada de ervas daninhas

O manejo Integrado de Plantas Daninhas refere-se ao uso de métodos químicos, culturais, mecânicos e biológicos, de forma integrada, para controlar ervas daninhas. Não se baseia excessivamente em nenhum método. Quando usados ​​em uma abordagem integrada, as ferramentas a seguir ajudam a reduzir a pressão de seleção e a sobrevivência de ervas daninhas resistentes. São formas de aplicação de herbicidas:

  • Mecânica – Inclui medidas como a remoção manual de ervas daninhas usando o cultivo ou a aragem para controlar plantas emergentes e enterrar sementes não germinadas. Também inclui a destruição de sementes, corte para feno ou silagem, para evitar que as ervas daninhas deixem as sementes.

Cultural – Inclui a alteração da data de plantio, espaçamento entre linhas, além disso, tempo de colheita para interromper o ciclo das ervas daninhas. Também inclui plantações que podem competir mais eficientemente com as ervas daninhas, comprar sementes certificadas livres de ervas daninhas, mas também usar uma rotação

  • de culturas diversificada. Os produtores também devem higienizar o equipamento agrícola quando se deslocam entre os campos.
  • Biológica – Inclui a introdução de insetos e patógenos que controlam espécies-alvo de ervas daninhas e introduzem o pastoreio pós-colheita de ervas daninhas em crescimento.
LEIA TAMBÉM  Pautas do agronegócio do Oeste Baiano são discutidas em Salvador

O uso de uma rotação de culturas diversificada permite que os agricultores usem essas diferentes técnicas de ervas daninhas. Evite culturas sucessivas que usam herbicidas com o mesmo mecanismo de ação para controlar as mesmas espécies de ervas daninhas no mesmo campo.

Avaliação do risco de resistência

Para que os agricultores avaliem o risco de desenvolver resistência a herbicidas, eles precisam avaliar suas práticas agrícolas, bem como a biologia e a suscetibilidade a herbicidas de suas ervas daninhas-alvo. São algumas práticas agrícolas que aumentam o risco de resistência:

  • Uso frequente de herbicidas com mecanismo de ação semelhante – este é o mais importante de todos os fatores
  • Monoculturas e rotações de culturas que dependem do mesmo mecanismo de ação do herbicida para o controle de ervas daninhas
  • Falta de práticas não-químicas de controle de ervas daninhas, como cultivo, queima de restolho, culturas competitivas e de cobertura.

Se um agricultor não atingir níveis esperados de controle de ervas daninhas, isso não significa que a resistência é um problema. Análises do uso de herbicidas, taxas, tipo de plantas daninhas e estágio de crescimento, condições climáticas e práticas agronômicas devem ser revisadas. Após uma investigação completa, se ainda houver resistência, analise o histórico de campo e as seguintes perguntas:

  • O mesmo herbicida ou herbicida com o mesmo mecanismo de ação vem sendo utilizado há vários anos?
  • A erva resistente foi controlada com sucesso pelo mesmo herbicida nos anos anteriores?
    • Há ervas daninhas vivas ao lado de ervas daninhas mortas da mesma espécie após uma aplicação de herbicida?
    • Houve um declínio no controle observado nos últimos anos?
    • Há ervas daninhas resistentes em campos locais, estradas, fazendas etc.?
    • Outras espécies no mesmo local estão sendo adequadamente controladas por sua aplicação de herbicida?

    Caso você responda “sim”  para essas perguntas e descarta-se outros fatores, a resistência pode ser fortemente suspeita. Neste ponto, deixe uma pequena área de ervas daninhas para coletar amostras inteiras de plantas ou sementes para testar para que a resistência possa ser determinada.

    O que os produtores devem fazer também

    • Seguir as taxas de aplicação, tempo bem como regulagens dos equipamentos.
    • Conhecer as ervas daninhas em seus campos e nas proximidades de áreas sem cultivo e adaptar seu programa de controle de ervas daninhas a densidades de ervas daninhas e limiares econômicos.
    • Monitorar os resultados de eficácia dos herbicidas e estar ciente de quaisquer tendências ou mudanças nas populações de plantas daninhas.
    • Manter registros detalhados para confirmar o histórico de culturas e herbicidas.

    O que fazer quando a resistência tem confirmação

    Quando uma falha de controle tem confirmação como resistência, uma ação imediata é necessária para remover quaisquer ervas daninhas sobreviventes e limitar a produção de sementes. A ação depende do estágio da cultura e da extensão do problema.

    O projeto AIA (Assessoria de Inteligência Agronômica) da equipe Kasuya oferece uma visão 360 do agronegócio. Em um setor cada vez mais competitivo, ser AIA é considerar todas as variáveis do negócio desde o desempenho da função, até o controle dos processos, garantindo resultados e rentabilidade.

    Como evitar ervas daninhas

LEIA TAMBÉM  Uma nova feira para uma nova era: Bahia Farm Show chega maior e com novidades, em 2022

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui