O sol nunca foi um inimigo. Afinal, além de ser responsável por aquecer o nosso planeta e pela fotossíntese das plantas, o sol exerce diversos benefícios para a nossa saúde, como o aumento da vitamina D e a melhora do humor.
O problema está na exposição ao sol em excesso, em horários de muita intensidade e na falta dos cuidados necessários. Hoje, sabemos que existem meios de se proteger do sol e evitar as consequências negativas.
Para falar sobre o assunto, preparamos este conteúdo repleto de informações sobre a importância dos cuidados com o sol, especialmente na época mais quente do ano, como o verão.
Por que a exposição excessiva ao sol pode ser prejudicial?
Para começar, vamos entender que a radiação solar é também chamada de exposição natural à radiação ultravioleta (UV). O maior perigo para aquelas pessoas que se expõem ao sol por muito tempo e de forma recorrente é o câncer de pele, especialmente se possuírem pele, cabelo e olhos claros.
No Brasil, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, atingindo homens e mulheres igualmente.
Nesse sentido, é importante dizer que a exposição ao sol é cumulativa. Ou seja, a pele acumula a radiação que absorveu ao longo dos anos, processo que tem início ainda quando somos pequenos.
Estudos apontam que, por ano, as crianças se expõem ao sol 3 vezes mais do que os adultos, sendo a infância uma fase mais vulnerável aos efeitos negativos do sol. Além disso, a frequência de exposição durante os primeiros 20 anos de vida é um fator decisivo para o desenvolvimento de câncer de pele ao se tornar adulto ou idoso.
O que a exposição ao sol pode causar?
A exposição solar por períodos maiores do que os recomendados pode prejudicar a pele, por conta do intenso aquecimento, o que causa danos às diferentes camadas da pele.
Dessa forma, como sinal de alerta, trazemos a seguir uma lista dos principais efeitos do excesso de exposição solar:
- Maior risco de câncer de pele: tumores benignos ou malignos (como o melanoma);
- Piora de problemas de pele: acne, vitiligo e lúpus;
- Envelhecimento precoce da pele: danifica as fibras de colágeno e elastina, proteínas responsáveis pela firmeza do tecido cutâneo;
- Queimaduras: presença de vermelhidão, irritação e até ferimentos;
- Manchas: escuras, em forma de sardas e caroços ou piora do aspecto de cicatrizes;
- Redução da imunidade: maior vulnerabilidade a doenças como gripe e resfriados;
- Reações alérgicas: urticárias, reações a perfumes e cosméticos ou a alimentos ácidos como limão, causando vermelhidão e irritação;
- Danos aos olhos: catarata, pterígio, câncer de pele nas pálpebras e lesões na retina;
- Vírus da herpes: reativação em quem já possui a doença (também por influenciar a imunidade);
- Resposta a remédios: formação de manchas escuras por conta da interação entre os princípios ativos de medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios;
- Desidratação: perda excessiva da água presente no corpo.
6 cuidados com o sol: como se proteger do sol no dia a dia?
Ao saber como se proteger do sol, é possível evitar os problemas citados anteriormente e preservar a sua saúde, usufruindo apenas dos benefícios do sol e não da parte negativa.
Use filtro solar
Mesmo que pareça “chover no molhado”, é importante reforçar o uso do protetor solar. A proteção mínima do filtro solar deve ser FPS 15, com aplicação de 15 a 30 minutos antes da exposição. A reaplicação deve ser feita a cada 2 horas de exposição contínua ou após mergulho e suor excessivo.
O melhor período para tomar sol é antes das 10h e após às 16h. Além disso, quem tem pele clara não deve ficar mais que 30 minutos por dia debaixo do sol. Já quem tem a pele mais escura não deve ultrapassar os 60 minutos. O uso do guarda-sol nos horários mais quentes também é fundamental para afastar os raios solares.
Vale destacar que o uso de protetor solar é recomendado para além dos momentos de maior exposição ao sol (como idas à praia, parque e piscina), mas diariamente. Filtro solar para os lábios ou batons com proteção solar é outra boa sugestão.
Opte pelas roupas adequadas
O uso de roupas é, por si só, uma forma de diminuir os riscos do excesso de sol. Isso porque a maioria das roupas absorve ou reflete os raios UV. Porém, roupas brancas de malha frouxa, assim como roupas molhadas, não oferecem a proteção adequada. Por isso, quanto mais apertada a trama, melhor para a proteção da pele.
Motoqueiros e ciclistas, em especial, devem estar ainda mais atentos às roupas que vestem, além da utilização de mangas de proteção solar nos braços.
Lembre de levar chapéu e óculos de sol
Mais do que simples acessórios, o uso de chapéus e óculos de sol é fundamental em dias de sol. Um chapéu com abas contribui na proteção dos olhos, orelhas, rosto, pescoço e nuca, que são áreas mais propensas a uma exposição solar intensa.
Como já citado, o excesso de sol pode ser o responsável pelo surgimento da catarata e de outras lesões oculares. Dessa forma, usar óculos de sol de qualidade, com 99-100% de proteção UV, afasta os perigos da radiação solar.
Prefira a sombra
Sempre que puder escolher, escolha a sombra. Optar pela sombra ou pelo guarda-sol são formas de aumentar a proteção da exposição solar em demasia. No entanto, não são suficientes para impedir totalmente a absorção, uma vez que a radiação solar é refletida na água e materiais como areia e concreto.
Tenha cuidado com o mormaço
Mesmo que pareça estranho, dias nublados e até chuvosos também podem afetar a pele. Sim, porque até 80% da radiação ultravioleta atravessa as nuvens e pode chegar até nós. Sendo assim, é preciso tomar as mesmas medidas de prevenção que um dia de sol exige, como óculos de sol e protetor solar.
Beba água
Tomar água de forma regular é fundamental para manter a hidratação do corpo, já que é possível perder muito líquido por meio do suor. Nos dias mais quentes, pode-se perder até 3,5 litros com transpiração.
A indicação é levar consigo garrafas de água e beber um gole a cada 15 minutos. Consumir alimentos que contêm bastante água, como melancia, abacaxi e pepino, é outra dica.