Depressão: como prevenir e tratar

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A depressão é classificada como uma doença psiquiátrica na qual a pessoa acometida apresenta humor deprimido e falta de interesse ou prazer nas mais diversas atividades por ao menos 15 dias. Ela atinge cerca de 350 milhões de pessoas pelo mundo e é a principal causa de incapacitação.

Os sintomas de depressão são físicos e psíquicos e a doença, que pode nem ser percebida por quem é afetado, atinge indivíduos de todas as idades e seus estágios vão do leve ao grave.

Suas causas vão desde fatores genéticos a traumas de infância e alterações bruscas na vida, estando as mulheres mais predispostas a tê-la devido às questões hormonais e a predisposição genética. A gravidez, por exemplo, é um período em que a mulher passa por muitas mudanças, podendo sofrer depressão na gestação ou até mesmo no pós-parto.
Por tratar-se de uma condição de saúde que ainda envolve muito preconceito, muita gente tem vergonha de falar sobre o assunto e assumir que sofre de depressão. É exatamente esse comportamento que os especialistas aconselham evitar.

Quais os sintomas da depressão?

O psiquiatra da NotreDame Intermédica, Hercilio Pereira de Oliveira Junior, explica os graus da depressão. “Ela pode ser leve, com alterações menores de humor e uma leve sensação de tristeza e falta de perspectiva. Os sintomas físicos incluem alteração de peso e insônia. À medida que ela se acentua, o indivíduo começa a ter uma tristeza e perda de prazer maiores, sem conseguir se concentrar em atividades de rotina. Já na depressão profunda, há a sensação de ausência completa de energia, ideias de que nada mais faz sentido e alguns sintomas mais graves, como ouvir vozes e acreditar em coisas fora da realidade”, diz o especialista.

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Como nem sempre é fácil identificar os sinais de depressão, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:

  • Sonolência excessiva ou falta de sono;
  • Tristeza, crises de choro, falta de esperança e sensação de vazio;
  • Perda de interesse em atividades que antes eram divertidas;
  • Perda do interesse sexual;
  • Falta de energia e cansaço;
  • Ansiedade e agitação;
  • Problemas físicos repentinos, como dores nas costas e enxaqueca.

Para algumas pessoas, esses sintomas aparecem em um grau e quantidade bastante fortes, o que facilita perceber que algo vai mal. Nesse caso, o diagnóstico de depressão pode ser mais fácil e rápido. No entanto, em outros pacientes, eles se revelam de forma mais leve, o que traz uma sensação de infelicidade sem explicação.

De qualquer forma, se você tiver alguns desses sinais e sintomas, não significa que esteja com depressão. Mas, na dúvida, é sempre importante procurar um médico.

Depressão e ansiedade

Apesar de serem doenças diferentes, é possível que uma pessoa apresente sintomas de depressão e ansiedade. Enquanto o diagnóstico de depressão tem como foco a tristeza profunda e falta de interesse em atividades comuns, a ansiedade tem como gatilho a inquietação diante de uma situação que provoca medo.

Há pessoas que apresentam transtorno depressivo persistente, também chamado de distimia. Essa é uma condição de depressão crônica em que os sintomas como tristeza, mau humor, baixa autoestima, mudanças de peso e sono duram ao menos dois anos. A distimia costuma aparecer na adolescência e pode ser confundida como parte da personalidade em desenvolvimento. No entanto, ter um diagnóstico rápido é importante para que o quadro não se agrave ou até mesmo venha acompanhado de uma depressão grave.

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Como prevenir e tratar a depressão?

Felizmente, existem tratamentos para depressão em qualquer estágio. Ele pode envolver o uso de medicamentos, terapias – motivação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal – e até a prática de exercícios físicos.

“É importante que nós sempre possamos parar e olhar se manejamos bem nosso tempo e estresse. O exercício mental também é fundamental. Temos que ler, estudar e ter contato com cultura para que nosso cérebro funcione melhor”, aconselha o psiquiatra Hercilio Pereira de Oliveira Junior.

Pesquisas têm mostrado que alguns hábitos simples, e que melhoram bastante sua qualidade de vida, podem ajudar a prevenir a depressão, tais como:

Dormir bem – quanto melhor é a noite de sono, ficamos menos propensos a desenvolver depressão.

Exercitar-se – 30 minutos de exercícios físicos moderados aumentam os níveis de substâncias ligadas à sensação de bem-estar.

Meditar – como a meditação ativa áreas do cérebro ligadas à felicidade, também é uma arma importante contra ansiedade e depressão.

Encontrar uma paixão – hobbies ou atividades que dão extremo prazer ajudam a atravessar fases difíceis, pois são motivadoras e proporcionam realização pessoal.

Controlar as taxas de açúcar – corpo e mente estão intimamente ligados. Quedas e altas na taxa de açúcar no organismo (hipoglicemia e hiperglicemia respectivamente) têm a capacidade de alterar o nosso humor. Se isso ocorrer repetidamente, pode levar a um quadro de depressão.

Se você tem apresentado possíveis sintomas de depressão, procure um clínico geral, não se isole. Ele avaliará o seu caso e, se for necessário, o encaminhará para um especialista.

Fonte Blog da Saúde

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