Fibromialgia: Já ouviu falar?

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Maria (nome fictício), tem 35 anos e é empresária. Relata dor difusa há dois anos, cansaço e má qualidade do sono. Refere dor nas pernas, nos braços, na coluna cervical, torácica e lombar, no quadril e glúteos.

O início das dores foi insidioso e progressivo, não consegue definir exatamente a dor, que é de caráter constante, sem fatores de melhora e com piora em momentos de estresse emocional. Ela não pratica atividade física, relata fadiga, sono não reparador, acordando diversas vezes ao longo da noite. Já fez uso de vários medicamentos (antiinflamatórios, dipirona, paracetamol), sem melhora. Apresenta-se indisposta para realizar atividades diárias, irritabilidade, ansiosa e ganho de peso. Conhece alguém assim? Esse é um caso clínico típico de Fibromialgia.

Estima-se uma prevalência dessa síndrome em torno de 2% a 4% da população mundial, sendo o sexo feminino mais acometido, em uma proporção de oito a 10 mulheres para cada um homem e maior incidência na faixa etária dos 20 aos 55 anos. A síndrome fibromiálgica ou fibromialgia é caracterizada por ser uma síndrome de dor difusa, de característica não inflamatória, atingindo o sistema musculoesquelético com repercussões físicas, emocionais e sociais. Ou seja, é caracterizada por uma dor interpretada não apenas como um fenômeno físico, mas com sintomas que abrangem dimensões emocionais, sociais e espirituais.

Mas não se assuste, saiba que a fibromialgia tem tratamento! A primeira linha de tratamento é o tratamento não medicamentoso. Faz parte desse tratamento: informar e educar o paciente acerca da natureza benigna da doença, dos fatores de melhora e de piora; a terapia cognitivo comportamental com acompanhamento psicológico e atividade física, com destaque para atividade física aeróbica moderada (principal evidência científica), fortalecimento muscular e terapias alternativas.

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O tratamento farmacológico tem como principais linhas de tratamento os antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares e analgésicos simples. Se você conhece ou foi diagnosticado(a) com essa síndrome, procure tratamento e acompanhamento especializado.

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