Finitude da vida, uma perspectiva em cuidados paliativos

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O paciente fora de possibilidade terapêutica de cura da doença ou seja doenças progressivas e irreversíveis, sendo elas doenças crônico-degenerativas, incapacitantes e fatais, esses pacientes passam por um processo de finitude chamado “processo de morte e morrer.”

A morte e o morrer são inerentes à existência humana, a imprevisibilidade e as incertezas do início ao fim do desenvolvimento, portanto diversos sentimentos emergem. Estes devem ser exaustivamente explorados considerando que o autoconhecimento é um processo importante a ser averiguado a fim de melhor lidar com situações que impliquem manifestações de emoções profundas principalmente relacionadas com a morte. Estudos constataram que quanto maior é o vazio existencial maior o nível de ansiedade perante a morte, e também que a morte estaria associada ao medo de morrer, do sofrer e da impotência; do receio do que vem após a morte.

Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, cuidados paliativos são uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam uma doença ameaçadora da vida, através da prevenção e do alívio do sofrimento, através da identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais, proporcionar não apenas o alívio, mas a prevenção de um sintoma ou situação de crise. Os cuidados paliativos são aqueles ofertados a pacientes que não reúnem mais possibilidades terapêuticas. Qualquer pessoa que tenha alguma doença ou sequela, proveniente de algum mal incurável, esteja ou não em estado terminal, pode fazer jus a um dos tipos de cuidados paliativos.

O papel do psicólogo nesse processo é buscar por meio da escuta ativa, compreender o que representa aquela doença na vida cotidiana daquele sujeito e o impacto dessa no seu contexto familiar, social, e consigo mesmo. E junto com ele, tentar resignificar seu adoecimento e compreender esse momento de transição e transformação, o psicólogo, diante de um processo de finitude, busca a qualidade de vida do paciente, amenizando o sofrimento, a ansiedade e a depressão do mesmo diante da morte.

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Um dos tipos de cuidado paliativo é a internação domiciliar que costuma ser indicada para pacientes que necessitam de acompanhamento, mas apresentam a possibilidade de ficar em casa. Portadores de sequelas de AVC, por exemplo, geralmente têm limitações que demandam atenção, mas não fazem parte dos perfis para internação, assim eles continuam vivendo em seus lares com a família.

 

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