‘História de um casamento’: não repita esse filme na sua vida

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É uma grande lição de amor, de vida e (por que não?) de Direito

Um dos títulos indicados ao Oscar de Melhor Filme em 2020 é História de um casamento, produzido pela Netflix. A produção conta como Charlie e Nicole Barber (interpretados por Adam Driver e Scarlett Johansson) passaram de um belo casal para dois divorciados rancorosos e frustrados.

Tendo assistido ao filme ou não, queremos que você entenda as razões pelas quais você deve evitar repetir essa história na sua vida.

Divórcio consensual é sempre melhor

Ninguém se casa pensando em se divorciar. Fins de casamento acontecem por vários motivos: infidelidade, falta de comunicação e parceria ou mesmo por questões financeiras (spoiler: basicamente tudo isso aconteceu no filme).

Se sua intenção é se divorciar rápida e facilmente, melhor que seja de comum acordo entre vocês dois. Já que é para contratar advogado, melhor que seja em uma situação mais tranquila, não acha? Ele ou ela vai lhe orientar de todos os documentos necessários.

O divórcio consensual e amigável pode acontecer em um cartório. É o que a lei chama de divórcio extrajudicial. Com a mesma facilidade para assinar a certidão de casamento, assina-se uma certidão de divórcio.

Tem filhos e bens partilhados? Alguns estados brasileiros, como Goiás, permitem divórcios consensuais em cartório mesmo quando há crianças e patrimônio envolvido.

Nesse caso você e seu “futuro ex-cônjuge” precisam contratar um advogado também para discutir os direitos dos filhos, como pensão alimentícia, guarda e visitação, além do regime de bens. Acredite: é mais fácil assim.

Por que divórcios sem acordo é uma péssima ideia?

Durante todo o filme, Charlie e Nicole Barber deixaram a decisão de um divórcio consensual e amigável e deram lugar a um embate judicial longo, caro e traumático.

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Note que acima nós citamos ‘advogado’ no singular, pois muitos casais, em um divórcio amigável, contratam apenas um, só para cuidar da burocracia. Em divórcios sem acordo são advogados, no plural. Cada um com o seu.

Se você não tem dinheiro para pagar pelos serviços de um profissional, você pode recorrer à Defensoria Pública, que é gratuito, mas pode demorar bastante.

Em divórcios no cartório, basicamente você gastará apenas com os custos do advogado e as taxas do cartório, que giram em torno de R$300. Já em divórcios judiciais, além do advogado, é necessário pagar as custas judiciais, ou seja, o custo do serviço oferecido por funcionários do Judiciário brasileiro que trabalharam no seu processo de divórcio.

O acesso à Justiça é um direito de todo cidadão, mas não significa que é gratuito. E mais: quem perde o processo é quem paga a conta.

O divórcio em cartório é feito praticamente no mesmo dia. O divórcio não consensual pode levar meses. Quanto mais complicado for a situação envolvendo crianças e partilha de bens, mais demorado é.

Ficou convencido(a)?

Antes de mais nada, queremos que seu casamento seja longo e feliz. No entanto, a vida nem sempre vai como queremos. Se sua união já não é mais como deveria, a legislação brasileira tem facilitado bastante a possibilidade de divórcios fáceis, rápidos, baratos e amigáveis.

E se não assistiu a História de um casamento, assista: além das ótimas atuações, quem sabe você e seu companheiro ou sua companheira não reavaliam algumas questões?

‘História de um casamento’: não repita esse filme na sua vida

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