Jejum Intermitente: Benefícios X Riscos

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O jejum intermitente é uma estratégia alimentar para perda de peso amplamente divulgada e popularizada, intercalando períodos de jejum, horas ou dias, com períodos de alimentação. Existem diversas formas de realizar o jejum intermitente, as três mais praticadas e estudadas são: 16h de jejum e 8h de alimentação, dias alternados de jejum com dias livres (jejum completo em dias alternados) e dois dias de jejum na semana (jejum intermitente5:2).

Após um período de jejum de 8 a 12 horas, o fígado começa a quebrar os ácidos graxos para produzir corpos cetônicos. O corpo humano usa corpos cetônicos como uma fonte alternativa de combustível para sustentar órgãos e tecidos vitais quando a fonte normal (glicose) não está disponível. Estudos em animais mostraram que o jejum intermitente diminui os marcadores inflamatórios sanguíneos e melhora a regulação da glicose, existem poucos estudos em humanos.

A perda de peso que acontece no jejum intermitente está relacionada a restrição calórica e não ao jejum, propriamente dito. Os estudos publicados comparando jejum intermitente com uma “alimentação padrão” não mostraram superioridade do jejum intermitente para perda de peso e controle dos parâmetros metabólicos.

Podemos observar diminuições na pressão arterial, frequência cardíaca em repouso, colesterol e triglicérides, glicose e insulina. Tais benefícios estão associados a perda de peso, restrição calórica e qualidade alimentar, e não ao jejum intermitente.

Jejum intermitente pode produzir efeitos colaterais e riscos, principalmente quando realizados sem orientação. Os mais comuns são: fraqueza, fome, desidratação, dores de cabeça, dificuldade de concentração, pressão arterial baixa ou desmaios.

É uma estratégia útil em pessoas que se identificam, as que pulam o café da manhã e não compensam ao longo do dia. A maioria das pessoas não conseguem manter a longo prazo, tendo elevada taxa de abandono e reganho de peso. Não é recomendado para mulheres grávidas ou lactantes, idosos frágeis, indivíduos com imunodeficiência ou aqueles com ou em risco de transtornos alimentares (compulsão alimentar). Jejum intermitente pode ser perigoso para pacientes com diabetes devido ao aumento da probabilidade de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), principalmente naqueles que usam insulina ou medicações orais que apresentam maior risco.

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Resumindo, ainda são escassos os estudos em humanos para melhor elucidação, mas o precisamos saber que as estratégias alimentares devem ser individualizadas e orientadas por um profissional capacitado. Não existe a dieta/estratégia ideal, pois cada paciente possui rotina e comportamento alimentar diferente.

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