Julho Amarelo: hepatites virais e a importância da prevenção

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O Julho Amarelo foi instituído pela OMS durante a Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2010. Celebrado como forma de efetivar as ações relacionadas à luta contra as hepatites virais, a data de 28 de julho foi estabelecida como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 2 bilhões de pessoas no mundo já tiveram contato com algum dos vírus da hepatite. Só no Brasil, 2 milhões de pessoas são portadores crônicos do tipo de hepatite B, e mais 3 milhões do tipo C. O Julho Amarelo foi uma das formas encontradas de conscientizar a população a respeito das doenças.

Afinal, as hepatites virais são inflamações silenciosas que atacam o fígado e nem sempre apresentam sintomas.

Por se representar um problema de saúde pública, o Julho Amarelo contribui para alertar as pessoas sobre o risco da hepatite, lembrando da necessidade do acompanhamento médico regular e da importância da prevenção.

Quais os tipos de hepatites existentes no mundo?

Símbolo da conscientização do Julho Amarelo, a hepatite é uma doença viral infecciosa, que pode ser aguda ou crônica, e ataca o fígado. Atualmente, são conhecidos 5 tipos de hepatites virais: hepatites A, B, C, D (Delta) e E.

As hepatites virais A e E são caracterizadas por se manifestarem somente na forma aguda. Além disso, após a crise, o indivíduo acaba eliminando o vírus do organismo. Já nos tipos B, C e E, as hepatites podem se tornar crônicas. Por isso, são casos que pedem mais atenção, mais um motivo que torna o Julho Amarelo necessário.

Hepatite A

A hepatite A geralmente se manifesta ao final da infância e início da vida adulta. A doença não é fatal e não apresenta sintomas no estágio inicial. Para essa hepatite viral, existe a vacina, que deve ser administrada em duas doses. Quando estão presentes, os sintomas são:

  • falta de apetite;
  • mal-estar;
  • mialgias;
  • icterícia;
  • vômitos;
  • febre;
  • gripe.
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Hepatite B

A hepatite B é o tipo mais perigoso da doença em todo o mundo, visto que pode ser fatal. No entanto, assim como a hepatite A, o tipo B conta com uma vacina que deve ser administrada em três doses.

A doença se manifesta, sobretudo, em crianças e em jovens adultos, seja por vias sexuais ou compartilhamento de seringas e instrumentos de drogas injetáveis. Seus sintomas incluem:

  • dores abdominais;
  • fezes claras;
  • urina clara;
  • mal-estar;
  • icterícia;
  • febre.

Hepatite C

A maioria das pessoas que desenvolveram a hepatite C passaram por transfusão de sangue até 1992, ou foram consumidores de drogas injetáveis. A doença evolui para crônica em 80% dos casos e, além de ser fatal, não conta com uma vacina.

Grande parte dos casos não apresentam manifestação de sintomas. Os que apresentam, sentem:

  • mal-estar geral e intestinal;
  • dores na região do fígado;
  • perda de apetite;
  • letargia;
  • febre.

Hepatite D

Já a hepatite D pode se manifestar simultaneamente ou após o contato com o tipo B. No último caso, a hepatite aguda grave pode evoluir para a crônica em 80% dos casos, causando até a cirrose.

Assim como para a hepatite C, não há uma vacina específica para a hepatite D. Contudo, a vacina contra a hepatite B consegue prevenir em até 95% dos casos. Os sintomas na co-infecção são:

  • fezes claras;
  • urina clara;
  • anorexia;
  • náuseas;
  • icterícia;
  • letargia;
  • fadiga.

Hepatite E

A hepatite E não é uma doença grave, exceto em casos que frequentemente ocorrem em mulheres grávidas. Para essa doença também não existe vacina. Ela acomete pessoas de todas as idades, que podem apresentar sintomas como:

  • aumento no volume do fígado;
  • dores abdominais;
  • falta de apetite;
  • mal-estar;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • icterícia;
  • febre.

Como prevenir?

  • não compartilhe objetos de qualquer tipo com alguém que possa estar com alguma das hepatites virais;
  • tenha cuidado com a higiene dos alimentos, lavando-os bem antes de comer;
  • ao viajar para áreas com casos de hepatites, redobre os cuidados;
  • mantenha exames de rotina e consultas médicas em dia;
  • não compartilhe objetos perfurantes e cortantes;
  • use preservativo em relações sexuais;
  • mantenha as vacinas em dia.
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Como diagnosticar?

A melhor forma de diagnosticar as hepatites virais é por meio do mapeamento da doença, identificando sintomas e outros fatores que podem ter desencadeado a enfermidade. A partir disso, é possível definir por meio de exames qual o tipo da doença, assim como o tratamento adequado. Os principais exames para diagnóstico, são:

  • hepatograma: uma série de exames de sangue para definir o grau de inflamação;
  • ALT: responsável por detectar lesão hepática;
  • bilirrubina: substância alaranjada produzida quando o fígado está inflamado;
  • AST: dosagem da atividade da enzima encontrada em maior quantidade no fígado;
  • ultrassonografia: exame de imagem diagnóstico utilizado para avaliar o fígado em tamanho, obstrução e tumores
  • elastopatia hepática, exame que detecta danos e incapacidade do fígado.

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