Foi lançada oficialmente a candidatura do ex-ministro Alysson Paolinelli ao prêmio Nobel da Paz 2021. A base de argumentos é que quando ministro nos anos 1970, criou as condições para o desenvolvimento da Agricultura Sustentável no Cerrado preservando a Amazônia, como no presente e no futuro liderando o Projeto Biomas. Também neste período deu continuidade ao projeto de criação da Embrapa, e apoiou a formação de pesquisadores, financiando suas pós-graduações em países estrangeiros. Estas ações deram o start para o Brasil de hoje, com o domínio da produção agropecuária em clima tropical. E como dizem seus apoiadores, transformou o País de importador para exportador de alimentos.
Durante o lançamento da candidatura, Paolinelli afirmou: “Esse é o início de uma homenagem não a mim, mas ao Brasil”, disse. “A mensagem que eu deixo é de fé, de otimismo, de confiança. Temos que continuar a sonhar, vamos sonhar, mas vamos trabalhar seria e objetivamente para que nossos sonhos se tornem realidade. Nossa tarefa é fazer com que esse país seja reconhecido como a nova potência agrícola mundial e temos condições para isso. Queremos que todos aqueles que vivem da agricultura possam participar disso. E eu me comprometo, só com essa indicação, a ajudar para que essas correções sejam feitas de forma adequada para um país melhor”, disse.
Mineiro de Bambuí, agrônomo, produtor rural, professor universitário, Secretário de Agricultura/MG e depois Ministro da Agricultura, o ex-presidente da Abramilho, tem levado sua experiência para diversos países, principalmente os mais pobres. Como participante do Instituto Fórum para o Futuro, tem debatido formas de concretizar soluções para melhor alimentar o mundo e é um defensor incansável da instituição de um Programa de Seguro Agrícola, que dê sustentação ao produtor rural.
Mas o que pode representar a participação e a possível nominação de Paolinelli ao prêmio Nobel da Paz? Além da projeção para o Brasil, enquanto um reconhecimento de desenvolvedor de tecnologia na produção de uma agropecuária em clima tropical, uma homenagem a todos os cientistas agrários que participaram deste processo, com suas pesquisas que ajudaram a mudar o cenário de produção de alimentos no País. Barreiras e LEM só cresceram como produtores de alimentos, devido a este trabalho da Embrapa e outros centros de pesquisas. Portanto, parece justa a homenagem e o trabalho para conseguir este reconhecimento. Que venha um Nobel para o Brasil!