Na recente entrevista feita com o adido brasileiro para agricultura, sediado em Pequim, China, Jean Carlo Manfredini, para o programa Depois da Porteira, ele salientou que os chineses pouco conhecem o Brasil. Os produtos agrícolas que exportamos, são consumidos sem qualquer referência de origem e não há qualquer ação naquele mercado que divulgue a imagem do País, não só como o “país do futebol”, mas também pela diversidade cultural e de lugares, pela sua qualidade na produção dos alimentos, entre outros atributos. Ao contrário do que acontece com a Austrália e Nova Zelândia, que exportam leite para os chineses e são reconhecidos por este produto, recebendo um valor a mais por ele.
O jornalista, publicitário, escritor José Luiz Tejon, relata que em suas conversas com embaixadores brasileiros ou mesmo adidos culturais, o que ele mais comenta que se ressentem é a falta de promoção do Brasil nos mercados externos. Atualmente se sabe que toda a relação que fazem do País, é com o desmatamento da floresta amazônica. E, com isto, fazem a sua guerra comercial contra o Brasil.
Mas será que o Brasil conhece o Brasil? Será que os brasileiros saberiam promover os seus produtos ou a imagem do País lá fora, se internamente não conhecem ou sabem claramente o que produzimos, quais as qualidades que o País possui, o que pode atrair em negócios sem ter que sempre falar em futebol, carnaval e praias?
Já faz um bom tempo que a Agência de Promoção de Exportação, a Apex, trabalha nos mercados externos os produtos e um pouco da imagem do Brasil, mas parece que o investimento tem que ser muito maior para poder criar nos consumidores de outros países uma percepção positiva sobre os produtos e serviços brasileiros. E esta não é só uma tarefa do Governo, mas de toda a sociedade civil organizada, porque se o País e o agronegócio exporta mais, amplia o número de clientes e os produtos ganham valorização, todos vão ganhar com isto.
Tá na hora de aplicar as regras básicas do marketing. Promoção, imagem, percepção.
