Sustentabilidade e educação ambiental devem ser aplicados no campo e na cidade

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Divulgar um pouco a importância dos conceitos de sustentabilidade e educação ambiental que atingem o campo e cidade é saber que todos estão envolvidos nesta missão de preservar o planeta mas incluir o homem e as necessidades de produzir e prosperar.

Esta semana em Brasília estive no Ministério do Meio ambiente visitei o meu amigo, o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, foi com ele que percorremos os rios do Pantanal dentro do programa Rios Mais limpos, com 10 embarcações em 5 horas, no mutirão retiramos mais de 10 toneladas de lixo nas margens de rios e dentro do complexo bioma Pantanal. De televisão a micro-ondas descartados nos rios, na vida selvagem. A atual agenda do Ministério do Meio Ambiente é pensada para melhorar o meio ambiente urbano, como a gestão de resíduos, recuperação de áreas contaminadas, as áreas verdes urbanas, a qualidade do ar, combate do lixo no mar e agora o sexto eixo que é o programa Rios+ Limpos.

Um exercício de educação ambiental na prática. Porque o dedo aponta rapidinho para o agronegócio que caminha a passos largos para a sustentabilidade, produzir com preservação, e esquecem que a população urbana precisa ser direcionada para que cada um faça a sua parte. Até o final do ano vai ser criado um aplicativo onde o cidadão consegue acessar com facilidade para saber exatamente onde descartar cada tipo de material, lâmpada, eletroeletrônico embalagem de defensivos agrícolas. Criar um vínculo com a sustentabilidade no dia a dia, tem muito o que se fazer, tanto no campo quanto na cidade. E todo mundo sai ganhando. O secretário, entusiasmado, sabia os números na ponta da língua, ele me dizia que uma lata de alumínio depois de descartada volta para ser uma nova lata em media 60 dias. Esta é a logística reversa mas por que funciona? Porque tem um ambiente de negócio, gera renda, tem a percepção de valor pela sociedade. É Líder mundial em reciclagem de alumínio. 31 bilhões de latas recicladas no Brasil anualmente.

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Nenhum país no mundo chega se quer perto deste número. Por isso quando falam em pagamento por serviços ambientais prestados pelos produtores rurais tem gente que torce o nariz, mas é isso: a árvore em pé tem que valer mais do que a terra desmatada. São conceitos que vão evoluindo. São hoje 12 sistemas de logística reversa funcionando no Brasil de forma integral. Por exemplo a reciclagem animal que é a sustentabilidade da cadeia da carne. Tudo o que vem de resíduos do abate dos frigoríficos e casas de carnes, e não vai para a mesa do consumidor, o setor transforma em farinhas e gorduras de origem animal, que alimenta diversas cadeias, retorna como ração, biodiesel. Enfim, são cerca de 14 milhões de toneladas que iriam parar em aterros, ou descarte direto no meio ambiente.

A população desconhece muitos exemplos de sustentabilidade. Esse é um “case” que deve ser levado pelo Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, também conhecida como COP26, é a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Está programada para ser realizada na cidade de Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021, sob a presidência do Reino Unido. Esse é o caminho, o Brasil tem que mostrar a que veio, e não ficar refém das narrativas, e toda vez reagir a ataques a imagem do que se faz no Brasil. Temos bons exemplos sim.

Marcelo Lara – Jornalista

Sustentabilidade e educação ambiental devem ser aplicados no campo e na cidade

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