“Bença, tia”: este e outros golpes comuns de estelionatários

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Tome cuidado para que você ou um familiar não sejam enganados

Por mais que se prenda criminosos que cometam o crime de estelionato, novos golpes sempre acontecem porque infelizmente “dão certo”. Ninguém acha que vai ser enganado e acabam subestimando a habilidade dos estelionatários.

Seja pela ingenuidade, desespero ou ansiedade da vítima, golpistas conseguem o que querem. Você não quer ser mais o próximo, não é?

Graças ao trabalho da Polícia Civil, sabemos agora como alguns golpes são aplicados e como você pode escapar.

  1. Golpe do “Bença, tia”

O golpista liga para números aleatórios até alguém atender. Baseando-se no timbre da voz, o bandido começa a ligação dizendo “oi, tio(a)” ou “bença, tio(a)”.

Ele não se identifica, pois espera que a vítima chegue a falar o nome de um sobrinho, na tentativa de reconhecer quem está falando.

Se a vítima não o fizer, o golpista insistirá dizendo “Tio(a), não está me reconhecendo?”. Constrangida, a vítima arriscará um nome.

Com essa informação, o bandido se passará pelo sobrinho e fará pedidos do tipo:

“Tio(a), meu carro quebrou. Pode fazer uma transferência para eu pagar o reboque?” ou “Pode fazer recarga no meu celular?”

Ansiosa para ajudar, a vítima faz o que o bandido quer.

  • O que fazer:
  • Desligue o telefone.
  • Não passe nenhum valor para a pessoa.
  • Para ter certeza, ligue para o verdadeiro sobrinho (no verdadeiro número dele, não naquele que você recebeu a ligação) e confirme se ele está precisando de algo. 
  1. Golpe do falso sequestro

Este golpe é parecido com o anterior, pois o bandido se baseia no nome de um parente que a vítima mencionar para continuar a encenação. Ao atender, alguém gritará algo do tipo:

Socorro! Me sequestraram! Me ajude!”

Com o nome do suposto sequestrado, o golpista faz as exigências.

  • O que fazer:
  • Desligue o telefone.
  • Não passe nenhum valor para a pessoa.
  • Busque saber a localização e a situação do parente (filho, filha, marido, esposa etc.) cujo nome você deixou escapar.
  • Peça a outra pessoa próxima que ligue, de outro telefone, para o número do falso sequestrador, só para ter certeza de que é um falso sequestro. 
  1. Golpe do cartão clonado
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O(a) golpista, assim que a vítima atende, pergunta se ela emprestou o cartão de crédito para outra pessoa de outra cidade. Com a resposta afirmativa, o criminoso afirmará que o cartão de crédito foi supostamente clonado.

Para “confirmar a identidade”, o golpista pedirá várias informações como nome completo, RG, CPF, endereço e data de nascimento, inclusive dados confidenciais, como senha do cartão e o código de segurança.

Por fim, segundo a ligação, a vítima precisará escrever uma carta pedindo o cancelamento, lacrá-la em uma carta junto ao cartão e aguardar a ida de um “funcionário do banco” até a casa da vítima para recolhimento.

Com os dados obtidos pelo telefonema e o cartão em mãos, os criminosos fazem a festa às custas dos outros.

  • O que fazer:
  • NUNCA passe senha ou qualquer informação sigilosa via telefone, mensagem de texto ou e-mail.
  • NUNCA entregue seu cartão para ninguém desconhecido.
  • Verifique antes via aplicativo do banco se realmente existem cobranças indevidas em seu cartão.
  • Para ter mais certeza, vá até sua agência bancária. 
  1. Golpe do WhatsApp clonado

Golpistas não costumam ter dificuldades em conseguir números de telefone, mas aplicativos de venda, como o OLX, costumam fornecer facilmente esses dados, já que os vendedores oferecem o contato para potenciais compradores.

Para clonar um número de WhatsApp, o golpista baixa o aplicativo em um aparelho celular e cadastra o telefone da vítima. Cada número só pode estar cadastrado em um único telefone.

O dono deste número receberá um código de verificação de seis dígitos via SMS. Para conseguir esse código, o golpista se passará por um funcionário do aplicativo de vendas com a desculpa de ativar o anúncio somente depois de fornecer o código que ele acabou de receber.

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Sem perceber que o código de WhatsApp nada tem a ver com o aplicativo de venda, a vítima fornece o código. Depois disso, a vítima perde o acesso ao WhatsApp, já que o criminoso transferiu o acesso para o celular em que está usando.

Passando-se agora pela vítima, o golpista enviará mensagens para contatos pedindo dinheiro. Para conseguir o valor, ele fornecerá contas bancárias que não são as da vítima.

  • O que fazer:
  • Apps de venda não pedem este tipo de código para ativar anúncios, por isso desconsidere caso lhe seja soliticado.
  • Habilite a opção de confirmação em duas etapas no Quando você precisar cadastrar seu número novamente no aplicativo (caso troque de celular ou reinstale o app), ele exigirá uma senha de seis dígitos que somente você saberá.
  • Se já caiu nesse golpe, peça a desativação temporária da sua conta de WhatsApp enviando um e-mail para support@whatsapp.com, explicando o que aconteceu e fornecendo seu número de telefone (+55-DDD-número). 
  1. Golpe do boleto falso

Boletos falsos podem ser fornecidos por sites fraudulentos ou chegar por e-mail, inclusive sem que peçamos. O golpista simula um boleto de um banco, mas o dinheiro pago irá para uma conta de seu controle.

  • O que fazer:
  • Se você não esperava por esse boleto, tome cuidado.
  • Confira as informações do boleto, conforme a imagem abaixo:
  • “Bença, tia”: este e outros golpes comuns de estelionatários

Ligue para polícia!

Se caiu em qualquer golpe, ligue para a Polícia Militar (190) ou a Polícia Civil (197).

Desconfie de grandes facilidades

Ser cauteloso não é defeito. Desconfie! Principalmente quando a oferta é muito boa. Golpistas tendem a ser bem vestidos, falar bem e geralmente não usam armas.

Não acredite também em pessoas muito bem intencionadas na Internet. Não é difícil encontrar vítimas de “príncipes e princesas encantadas”.

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Busque a orientação jurídica de um advogado

Se você caiu em algum golpe, além da ajuda da Polícia, busque a orientação jurídica de um advogado para saber como conseguir reaver os prejuízos que tomou.

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