Mesmo que não haja um cenário ainda consolidado para a abertura do turismo e uma volta à “normalidade”, muitas pessoas decidiram retomar (por conta própria) a sua rotina de viagens e passeios turísticos dentro do país. Com a flexibilização de alguns setores nas principais capitais do Brasil, foi notório perceber o quão é frágil o isolamento social, principalmente quando o interesse pessoal sobrepuja o coletivo.
Isso ficou evidente no último feriado nacional que tivemos (07 de setembro) onde milhares de pessoas lotaram as praias das principais cidades que já se encontram em uma situação “menos pior” de casos de infectados e sobrecarga na ocupação dos leitos das UTI’s. Contudo, eis que emerge uma pergunta que amarga àqueles que sobre(vivem) do turismo: Quando haverá uma retomada total das atividades que possa diminuir os impactos econômicos causados pela pandemia?
A pergunta ainda segue sem resposta. Porém, uma outra pergunta se resvala dentre os diversos questionamentos que ainda são uma incógnita: o brasileiro já está saturado do isolamento social ou naturalizou os prejuízos e mortes causadas pelo vírus??
Aos pouquinhos, as companhias aéreas retomam voos, o transporte intermunicipal se reestabelece, os pontos turísticos reabrem com capacidade reduzida e tudo vai se normalizando ou (naturalizando…)
Na realidade, a dificuldade tem sido encontrar um ponto de equilibro que possa ser o eixo entre a flexibilização e o controle; entre a economia e as mortes; entre a sobrevivência e o respeito; entre o pragmatismo e a solidariedade.
No próximo dia 12 de outubro teremos outro feriado que promete aquecer o turismo. O resultado ou as consequências de tudo isso só saberemos mais adiante. Enquanto isso, seguiremos imunizados apenas com uma anestesia, enquanto a vacina ainda não vem.
É esperar para ver e crer!
