Apesar de ser uma droga lícita, disponível para compra em diversos estabelecimentos comerciais, o álcool continua sendo uma substância prejudicial a saúde. Não quero entrar no mérito de qual droga é mais nociva, mas, sem dúvidas, o fácil acesso ao álcool é um fator negativo.
Segundo especialistas, beber moderadamente significa ingerir uma porção de 14 gramas de álcool, o que equivaleria a uma latinha de 350 ml de cerveja ou uma taça de 150 ml de vinho.
Mais que uma porção para mulheres e mais que duas para homens já ultrapassa a fronteira do “beber com moderação”, de acordo com a comunidade médica. Não importa a bebida, mas sim a quantidade de álcool ingerida.
Não estou dizendo que todas as pessoas que passam um pouquinho da conta são alcóolatras, mas o alcoolismo pode se desenvolver quando esse “passar um pouquinho da conta” se torna cada vez mais frequente e começa a trazer consequências negativas para si mesmo e para outras pessoas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em pesquisas recentes, estimaram-se que entre três e quatro milhões de brasileiros podem ser considerados alcóolatras. Esta dependência afeta a coordenação motora e o raciocínio, além de causar doenças como cirrose, infarto, trombose ou mesmo câncer.
Quando o abuso e a dependência etílica são considerados graves, o alcoolismo torna-se uma doença crônica, além das demais enfermidades causadas pelo vício. Este fator pode justificar o pedido de auxílio-doença ao INSS ou mesmo a aposentadoria por invalidez.
Um motorista, por exemplo, não tem qualquer condição de continuar trabalhando, já que seu emprego depende do seu raciocínio rápido e sua coordenação motora, as últimas habilidades que uma pessoa embriagada poderia ter.
Caso o alcoolismo prejudique sua atividade profissional, procure orientação jurídica para buscar seus direitos.
