ENFIM, NASCEU!

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“A política é a arte do possível” disse o chanceler alemão, Otto Von Bismark. Assim também pode ser definida a essência do Plano Safra 2020/21 lançado nesta semana pelo Governo Federal. Foi a construção do possível, mesmo que sempre possa se pensar em puxar o cobertor mais para um lado que para o outro. Governos e neste caso, ministérios, são “pais de muitos filhos”, onde se precisa contentar a todos, mesmo que dando apenas uma jujuba para cada um, ao invés de um saco inteiro.

O que os analistas indicam até o momento é que os médios e pequenos produtores foram favorecidos em termos de volume de crédito e percentual de juros nos financiamentos para implantação da lavoura ou aquisição de equipamentos. Mas cobraram também que o spread (custos bancários) ficou alto, talvez, porque exista hoje, no Brasil, uma concentração muito forte de bancos atuando no setor, cerca de oito.

Recursos para investimento no meio ambiente ou na manutenção dele, na adoção de tecnologias de produção sustentável, como o programa ABC, na aquisição de silos e armazéns e equipamentos de irrigação foram itens essenciais também e que foram contemplados com uma visão diferenciada de anos anteriores. E há ainda quem destaque a linha de crédito para construção e reforma de casa dos agricultores familiares.

O plano tem um olhar para frente, pros anos que estão vindo, mas o Mapa não sinalizou como vai resolver a questão dos produtores que estão sem acesso ao crédito, por conta de dívidas passadas – quebra de safra – nem os prazos de pagamento do financiamentos. O fato importante e que precisa ser destacado é que as regras do jogo foram declaradas. Jogue-se o jogo então.

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ENFIM, NASCEU!

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